O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) voltou a carga contra os articuladores do golpe contra Dilma Rousseff (PT). Em discurso, atacou Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Michel Temer (PMDB-SP), atual vice-presidente, de serem “sócios íntimos”.
Ciro também afirmou que o processo de impeachment tem sido tocado por um “grupo de mafiosos” que estão se utilizando de “protocolos formais”.
Em evento com o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), eles procuraram deixar claro que a Constituição não permite o impeachment como uma ato político, mas por crime de responsabilidade provocado pelo próprio presidente da República. “Nenhuma entidade nacional, seja CNBB, OAB, UNE, Contag, CUT e outras apoiam esse impeachment”, disse Ciro Gomes.
O golpe não tem sido orquestrado apenas pelo PMDB, mas por grupos internacionais de interesses conservadores e reacionários que “cobiçam o petróleo brasileiro”. Para ele, é preciso “engolir” os “abusos” do governo atual, em nome da preservação da democracia.
O processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff foi deflagrado na última quarta-feira pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, após saber que integrantes do PT votariam pela abertura de seu processo no Conselho de Ética.No parecer, o peemedebista usa como base para autorizar o processo as “pedaladas fiscais” e a abertura de créditos suplementares em 2015 para pagamento de programas sociais. Nesta segunda-feira, deputados deverão eleger os 65 membros da comissão que dará parecer sobre o processo. (Carta Campinas)