Camila e Angela participam desde a terça-feira, ao lado de outros 80 alunos do Grêmio Estudantil da Mocam, da ocupação da unidade de ensino na zona leste da capital paulista. Já são pelo menos 52 escolas ocupadas em todo o Estado, segundo levantamento do Centro de Mídia Independente. A lista completa pode ser acessada aqui.
Na começo da manhã, um grupo de policiais portando fuzis invadiu o local e após discussão deram voz de prisão às duas militantes, alegando danos ao patrimônio. Um professor da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) foi detido pelas forças de segurança.
Os policiais colocaram uma fita no braço delas para identificação, apreenderam os seus documentos e as mantiveram detidas. Segundo relato da presidenta da UBES, a pressão de mais de 300 estudantes que protestavam em frente ao prédio em resistência à prisão das militantes evitou que os policiais as levassem para a delegacia.
“O delegado decidiu que nós não tínhamos de fato feito nenhum dano ao patrimônio da escola, apenas tínhamos ‘invadido’, por isso decidiram nos liberar”, conta Camila.
Neste momento, os estudantes que estão do lado de fora da escola estão proibidos de acessar o prédio pela Polícia Militar. Cerca de vinte alunos mantém a ocupação. Apenas professores podem entrar e sair da edifício. As presidentas da UBES e da UPES continuarão na escola apoiando a ocupação dos estudantes da Mocam e dialogando com a Polícia Militar.
“Tem estudante dormindo no chão em cima da cortina da sala de aula. Já temos mais 50 escolas ocupadas. Vamos com tudo ocupar mais escolas para barrar essa desorganização do Alckmin”, convocou Camila. (Da UBES)