“A Prefeitura de Sumaré de fato debateu a possibilidade de atendimento da pequena parcela de famílias oriundas de Sumaré e que preenchessem os critérios do Programa de Habitação (especialmente morar na cidade há 5 anos ou mais), mas esta possibilidade foi imediatamente rechaçada pelo Ministério Público na própria reunião do Gaorp”, informou em nota. A prefeita de Sumaré é Cristina Carrara (PSDB).
Segundo jornal da cidade, no começo do mês, o juiz de segunda Vara Cível, André Fernandes, soliciou à Polícia Militar que preparasse a retirada dos moradores da área em 20 dias. O juiz justificou a decisão devido ao “explícito desinteresse conciliatório” da Prefeitura.
O juiz Kleber Leyser de Aquino, do Gaorp, criticou as ações adotadas pelo juiz da 2º Vara de Sumaré e pela Prefeitura ao querer adiantar o processo de reintegração de posse. O Gaorp foi criado para resolver conflitos por meio de alternativas como a conciliação ou amenizar o desgaste causado às partes em decorrência de uma reintegração de posse.
Na nota da Prefeitura, a prefeita tenta se justificar. “Em nenhum momento a prefeita Cristina Carrara se posicionou “contra” as famílias da ocupação da área da Soma, ela apenas representa e transmite o anseio de uma população que cobra publicamente o cumprimento de uma ordem judicial já transitada em julgado”.
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