Centro Cultural do IEL, na Unicamp, realiza ciclo sobre Literatura erótica

impressõa-724x1024No próximo dia 11 de agosto, terça-feira, a partir das 18h, acontece o ciclo “A Literatura Erótica da Antiguidade aos nossos dias”, promovido pelo Centro Cultural do IEL (Instituto de Estudos da Linguagem), da Unicamp, com apoio do Espaço Cultural Casa do Lago.

A atividade, que acontece no Cinema da Casa do Lago, contará com a palestra Meninas Perversas, Putas Filósofas: A erótica de Hilda Hilst, a ser ministrada pela Profa. Dra. Eliane Robert Moraes (USP), e com a apresentação teatral O caderno rosa de Lori Lamb, com Glauce Guima, marcada para ter início às 19h30.

Na apresentação teatral,  o pai de Lori, uma menina de oito anos, é um escritor à beira da falência e escreve, a contragosto, um livro de pornografias para atender a um pedido de seu editor. Muito criativa, Lori Lamby decide também escrever no seu caderno rosa histórias picantes para assim ajudar o pai a  publicar o livro e ganhar dinheiro com isso.

O Caderno Rosa de Lori Lamby foi apresentado nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e Campinas – na casa da escritora, hoje Instituto Hilda Hilst. Quanto à recepção do público, o retorno imaterial é imediato, pois a peça gera discussões sobre educação dos filhos, pedofilia, sexualização infantil e demais temas conexos.

Como conta Uiara Nunes, “O Caderno Rosa de Lori Lamby” foi considerado polêmico, obsceno, repugnante, crítico e engraçado quando de seu lançamento. Como a própria Hilda Hilst o descreve, “é um ato de agressão, não é um livro, é uma banana”. Se alguns acreditaram que a autora estava louca por publicar uma obra tão diferente daquelas que vinha escrevendo, o tempo provou que ela, na verdade, estava mais lúcida do que nunca. Com o Caderno Rosa, primeiro livro de sua tetralogia obscena, seguido por “Contos d’escárnio. Textos Grotescos”, “Cartas de um sedutor” e “Bufólicas”, Hilda Hilst alcançou seu objetivo primeiro: ser lida.

Glauce Guima faz este monólogo há 13 anos e praticamente incorpora a personagem. Muda a voz, o olhar e adota todo um gestual infantil. Mas o que essa garotinha sapeca fala é chocante e, ao mesmo tempo, engraçado.
A iluminação e a trilha sonora dão ao espetáculo um clima de desenho animado. Ao final, a personagem conta e interpreta, utilizando fantoches, uma hilária historinha. (Carta Campinas com informações de divulgação)

Ficha Técnica:
Texto: Hilda Hilst
Adaptação e Direção: Ana Hadad
Atuação: Glauce Guima
Cenário: Ana Hadad e Glauce Guima
Iluminação: Gil Esper
Figurino: Glauce Guima
Composição e arregimentação da trilha sonora: André Rocha
Clarinete: Wagno Gomes
Gravação das composições originais: Pedro Durães
Operação de luz e som: Victor Amatucci
Classificação: 16 anos

Comente