Nos dias 26 e 27 de maio, terça e quarta-feira, a Companhia de Dança “Deborah Colker” apresenta seu espetáculo “Mix”, às 20h30, no teatro Castro Mendes.

O espetáculo promove a fusão das duas primeiras criações da Companhia, “Vulcão” e “Velox”, e estreou na 6ª edição da Bienal de Dança de Lyon, na França, em 1996.

Mixados com maestria pela coreógrafa carioca e sua trupe de bailarinos, os sentimentos em estado bruto e de ebulição de Paixão, a ironia e a elegância de Desfile, as reflexões em torno da física do movimento, esboçadas em Máquinas e desenvolvidas em Mecânica e Sonar, a babel de gestos e movimentos instaurada em Cotidiano, e o eletrizante balé verticalizado de Alpinismo culminaram em um terceiro espetáculo, que se tornaria um dos clássicos da companhia e alavancaria sua projeção no cenário internacional.

Mix_Debora Colker (4)O espetáculo Mix  é composto por várias partes que se estruturam da seguinte forma:

Máquinas (espetáculo de origem: VULCÃO) – O corpo humano, a mais bem arquitetada das criações da Natureza, explora seus limites físicos. Precisão e sincronia são as palavras de ordem. Um casal nu emoldura a cena, em ampliações assépticas e totêmicas. O som é techno, industrial, e se mistura a ruídos e microdistorções. A luz sugere a penetração de raios solares pelo telhado de vidro de uma grande fábrica dos anos 30, recriando a atmosfera de clássicos do cinema como Metrópolis e Tempos Modernos.

Desfile (espetáculo de origem: VULCÃO) – Uma intrigante coleção de gestos e movimentos. Em ritmo de samba, maxixe, marcha-rancho, bossa-nova, maracatu ou baião, bailarinos e bailarinas disputam, entre flashes e cotoveladas, a primazia na passarela. Ao fundo, três cadeiras hiperdimensionadas brincam com a ideia da (des)proporção e colocam por terra a noção da medida exata.

Paixão (espetáculo de origem: VULCÃO) – O sublime e o patético de um corpo em pleno transe amoroso. Aquele momento único em que todos os limites são abolidos. Frequência cardíaca fora de controle. Temperatura alta e impulsividade absoluta no ar, podendo ocorrer deslocamentos violentos, com eventuais instantes de ternura. Ao som de uma colagem frenética de megahits românticos, uma ciranda de 23 pas-de-deux golpeia a cena. Em filigranas de movimentos, programadas em computador, a tarde cai, lenta e inapelavelmente sobre o palco.

Mecânica (espetáculo de origem: VELOX) – Peso, equilíbrio, oposição, geometria. Traduzidas em linguagem coreográfica, as forças centrífuga e centrípeta, princípios básicos do movimento, se materializam no espaço cênico. Seis pás giratórias de 3m de diâmetro, posicionadas na vertical, remetem à passagem do tempo e às engrenagens da mecânica do movimento.

Cotidiano (espetáculo de origem: VELOX) – Um turbilhão de gestos e movimentos, repentinos e repetitivos, se interpõe na cena. Ordinários, corriqueiros, cotidianos, carregados de intenção, mas recortados de seus contextos, eles evocam o drama, a tragédia, a comédia, o lúdico, o patético, numa babel de diálogos mudos que parece dar vida e movimento a um quadro expressionista. As pás ainda giram, nervosas. Estridente e turbulento, o som mistura ruídos de rua, chiados de rádio, sirenes, diálogos desconexos.

Sonar (espetáculo de origem: VELOX) – A lenta desaceleração dos gigantescos ventiladores-moinhos dá o tom do singelo e breve quarteto que se segue: uma espécie de rito de passagem entre Cotidiano eAlpinismo. Têm início aqui as primeiras investigações em torno de um novo eixo. Enquanto as bailarinas se mantêm em estado de lenta flutuação, movimentos ágeis, viris e, por vezes, bruscos sublinham a alternância do elenco masculino entre suspensão e queda. Um som marinho e contínuo trespassa a cena.

Alpinismo (espetáculo de origem: VELOX) – A busca do equilíbrio absoluto, obsessão de todo bailarino, é levada ao paroxismo no quadro final de Mix. O passé relevé, a pirueta arabesque com relevé, o fouettédão lugar aqui a um impressionante balé aéreo que deixa a plateia com a respiração suspensa. O chão verticaliza-se e, num desafio à lei da gravidade, os bailarinos da companhia dançam com irretocável desenvoltura numa parede cenográfica de 6,60m de altura por 8,40m de largura.

Os ingressos para o espetáculo já estão à venda. (Carta Campinas com informações de divulgação)

Ficha técnica
Criação e Direção: DEBORAH COLKER
Diretor Executivo: JOÃO ELIAS
Direção de Arte e Cenografia: GRINGO CARDIA
Direção Musical: BERNA CEPPAS
Desenho de Luz: JORGINHO DE CARVALHO
Figurinos: SAMUEL CIRNANSCK
Dramaturgia: DEBORAH COLKER. JOÃO ELIAS

Cia. Deborah Colker – “Mix”

Local: Teatro Castro Mendes – Rua Conselheiro Gomide, 62 – Vila Industrial, Campinas – SP
Data: 26 (terça-feira) e 27 (quarta-feira) de maio
Horário: 20h30
Censura: 12 anos
Plateia:
R$ 80,00 (inteira) R$ 40,00 (meia)
Balcão:
R$ 60,00 (inteira) R$ 30,00 (meia)
Descontos:
Cartão de Fidelidade e membros da força de trabalho da Petrobras 50% de desconto na compra de até dois ingressos cada por apresentação
Ingressos: Bilheteria do teatro
Link de vendas online: www.compreingressos.com
Mais informações: (19) 3272-9359