A publicação dedicará seu próximo número às muitas problematizações que têm aflorado no campo da arte da dramaturgia. Durante dois milênios, a compreensão do termo dramaturgia permaneceu inequívoca. Por mais diversas que tenham sido as suas manifestações ao longo do tempo, esta se referia ao texto dramático como suporte ao espetáculo teatral; configurando-se como a trama das ações realizadas pelos personagens ou nas quais estavam enredados. Na atualidade, a noção de dramaturgia se expandiu e já não mais está restrita à cena especificamente teatral ou ao resultado da ação criativa do dramaturgo: ante a inevitabilidade de estruturar os sentidos do espetáculo, ou da arte presencial que se desenvolve no tempo e no espaço, artistas de áreas como a atuação, a dança, a iluminação, o espaço, a performance etc., vêm requerendo ou propondo as “suas dramaturgias”. Será que realmente tem sentido pensar em “dramaturgias” ou manter o termo limitado àquilo que a tradição estabeleceu? Quais as propostas de manifestações dramatúrgicas diversas que têm efetivamente se configurado com consistência? Que proposições se restringem a usar o termo apenas em função de seu potencial metafórico? O texto cênico quando não se configura como uma trama de ações e sim como uma sequência plástica de imagens compostas com os corpos dos intérpretes pode ser considerado uma dramaturgia?
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