Killer-joe_destaqueO circuito de cinema do Museu da Imagem e do Som (MIS), de Campinas, exibe desta terça-feira, 14, até a próxima terça-feira, 21 de abril, feriado de Tiradentes, uma série de filmes que fazem parte da programação dos diversos ciclos que acontecem no museu.

Nesta terça-feira, 14, às 19h, será exibido o filme “O Mestre e o Divino”, de Tiago Campos. Como todo período histórico importante, a catequização indígena no Brasil envolve mitos e verdades. Em pleno século XXI, uma aldeia em Sangradouro, no estado do Mato Grosso, recebe a visita de dois cineastas, o alemão Aldalbert Heide e o Xavante Divino Tserewahu, que auxiliam na descoberta das origens de certas tradições da tribo. (Brasil/SP, 2013). A exibição faz parte ciclo mensal Catavento, que tem curadoria do Cineclube Catavento.

Na quinta-feira, 16, às 19h30, será exibido mais um filme da série Decálogo, de Krzystof Kieslowski. O filme “Decálogo 7”, com Miroslaw Baka, Krzysztof Globisz, Jan Tesarz e outros, traz a história de uma garota que entrega sua filha para a avó criar, e se passa por sua irmã. Quando a criança está com 6 anos, a verdadeira mãe resolve se aproximar, levantando antigas mágoas. (Polônia, 1989. Colorido, 55 min).

Na sexta-feira, 17, às 19h, a exibição é do filme “Metropole Manila”, de Sean Ellis. Viver nesse mundo cão não é tarefa fácil, sobretudo quando você é quase miserável e mora em um país de “quarto mundo”. Metro Manila, filme indicado pela Indonésia ao Oscar de melhor filme estrangeiro desse ano, é um verdadeiro soco no estômago, mostrando a luta diária pela sobrevivência e, ao mesmo tempo, o lado mais sujo do ser-humano. O filme foca em Óscar Ramirez (Jake Macapagal), um agricultor que vive com a mulher e duas filhas em uma planície arrozeira, sendo explorado pelos negociantes do local que pagam cada vez menos pelo produto que ele planta e colhe. Cansado disso, ele resolve pegar as economias e partir para Manila, a capital da Indonésia, junto com a família. Premiado em Sundance, como melhor filme estrangeiro. (Filipinas / Inglaterra , 2013, 115 min). A exibição faz parte do ciclo “Diversidade Cultural: Outras linguagens, outros olhares”, que tem curadoria de Adriano de Jesus.

No sábado, às 16h, a exibição será do filme “Elipse”, de Eduardo Arias-Nath. O bem sucedido ator Sebástian Castillo e o fracassado designer de modas Galo Vidal são grandes amigos. Com as decisões tomadas por ambos, seus papéis são invertidos. Sebástian começa a viver um verdadeiro caos e Galo descobre o sucesso pela primeira vez na vida. Quando o ator procura o amigo por ajuda, eles embarcam em uma viagem que vai colocar essa amizade, e as suas próprias vidas, em perigo.(Venezuela, 2007, 90 min). A exibição também faz parte do ciclo “Diversidade Cultural: Outras linguagens, outros olhares”.

Ainda no sábado, às 19h30, o público poderá assistir ao filme “Killer Joe”, de William Friedkin. Chris Smith (Emile Hirsch) procura seu pai Ansel (Thomas Haden Church) com uma proposta: matar sua mãe Sharla (Gina Gershon), de quem Ansel é separado. Assim, eles podem resgatar um seguro de vida que está no nome de sua irmã mais nova, Dottie (Juno Temple). Para isso, contratam o matador Joe Cooper (Matthew McConaughey), mas, como não têm dinheiro para pagar o serviço à vista, ele exige um depósito: Dottie. (EUA, 2011. Colorido, 102 min). A exibição faz parte do ciclo “O Cinema do Nosso Tempo”, que tem curadoria do jornalista e crítico de cinema Ricardo Pereira e de Gustavo Sousa.

Na terça-feira, 21, será exibido às 19h o filme “Descobrimento do Brasil”, de Humberto Mauro, como parte do ciclo “Efemérides”, com curadoria de Conrado. O filme, com trilha sonora de Heitor Vila-Lobos, foi realizado com o apoio do governo brasileiro pelo Instituto Nacional de Cinema Educativo (INCE), vinculado ao Ministério da Educação e Cultura, e produção do Instituto de Cacau da Bahia e colaboração histórica de Edgar Roquette Pinto, Afonso de E. Taunay e Bernardino José de Souza. Foi restaurado em 1997 pelo CTAv/FUNARTE a partir de um contratipo recuperado pela Cinemateca Brasileira.

Em forma de narrativa épica, narrado com textos extraídos da Carta de Pero Vaz de Caminha, conta a chegada da frota portuguesa às costas brasileiras, em 1500. Para a cena da primeira missa no Brasil, Humberto Mauro tentou reproduzir fielmente o famoso quadro de Victor Meirelles. “Descobrimento do Brasil” representou o Brasil no Festival de Veneza de 1938.

A história começa em 9 de março de 1500, quando a frota de Pedro Álvares Cabral partiu de Lisboa com destino às Índias. Por um mapa animado vê-se a rota seguida pela frota, passando pelas ilhas Canárias, do Cabo Verde e São Nicolau (que foi avistada no dia 22 de março, conforme o piloto Pero Escolar). Na noite do dia seguinte, perdeu-se a nau de Vasco de Ataíde. Os portugueses seguem viagem por águas desconhecidas até que entre 21 e 22 de abril descobrem sinais de terra e avistam o Monte Pascoal, no litoral brasileiro. Ao vistoriar o lugar fazem contato com os nativos locais, chamados de índios, e levam dois para se encontrarem com Cabral. Os encontros são amistosos e os índios ajudam os tripulantes a restabelecerem suas provisões e barris de água. Ao final, há a grande celebração da Primeira missa no Brasil com a participação de todos os tripulantes e grande número de nativos. (Brasil, 1937, Preto e Branco, 83min).

Todas as exibições são gratuitas e seguidas de debate. Mais informações sobre a programação completa de cinema do museu AQUI. (Carta Campinas com informações de divulgação)

Local:
Museu da Imagem e do Som de Campinas
Palácio dos Azulejos
rua Regente Feijó, 859
Centro