Em Campinas, suspeita de casos de dengue cresceram 160% no mês de fevereiro em relação a janeiro.
De acordo com o ministro, há dificuldade no controle da doença em alguma regiões, como o Sudeste, devido à crise no abastecimento de água. “Os moradores armazenam água em casa, o que ajudou a proliferar o mosquito.”
A dengue é uma doença em que a cada ciclo de três anos surge um novo tipo da doença, com aumento da quantidade de pessoas suscetíveis a ele. “Portanto, aumenta o número de casos. Temos dificuldades importantes de controle do mosquito em algumas regiões, como a região Sudeste que, em virtude da crise hídrica, os moradores armazenaram água em casa, o que ajudou a proliferar o mosquito.”
Embora a Sabesp negasse, em outubro passado já havia racionamento em 35 municípios, prejudicando 5 milhões de pessoas, o que levou muitas pessoas a estocar de maneira inadequada, em recipientes improvisados, muitas vezes sem tampa.
No final de janeiro, a crise de abastecimento hídrico como determinante de uma epidemia foi alertada pelo coordenador do Observatório de Clima e Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o sanitarista Christovam Barcellos. Em entrevista à Revista do Brasil, ele destacou a necessidade de reforço do sistema de vigilância para detectar surtos de doenças como a hepatite A, diarreia e a dengue. “Além de economizar água, a população deve relatar problemas de abastecimento, garrafões suspeitos, água turva e com mau cheiro, surtos de doenças na vizinhança”, disse.
O ministro falou ainda sobre a importância da prevenção, com a eliminação dos criadouros para evitar a proliferação das larvas, e a pulverização de veneno para matar os mosquitos, já que há ainda dois meses em que pode haver crescimento do número de casos. (RBA)