Por Felipe Sant’Ana Pereira

Com 19 anos recém completos, comecei a dar uma volta ao mundo sozinho. O tempo vinha me roubando, e de todos amigos ao meu redor, a juventude que um dia tínhamos esbanjado. Meu melhor amigo, que sonhara desde a infância em fazer essa viagem junto, desistira dela.

Percebendo que muitos outros viravam adultos e abandonavam antigos sonhos, decidi partir imediatamente, sozinho mesmo. Juntei os trocos guardados de um período da adolescência, durante o qual adentrava concursos culturais e vendia os prêmios ganhos na internet.

Durante a jornada, que me levou para mais de 30 países em quase um ano e meio, entrevistei e fotografei as crianças que cruzaram meu caminho, tentando redescobrir a juventude através das palavras e dos olhares delas. Foram 6 meses na Europa, um semestre na Ásia, e pouco menos que isso na América Central.

A história, originalmente contada em forma de carta ao meu melhor amigo, virou um livro. E o livro virou o protagonista de um projeto de financiamento coletivo, no Catarse. O funcionamento do financiamento coletivo é novidade para muitos, aliás. No modelo, aqueles que querem ver um projeto acontecer podem “comprar” uma recompensa através de um “apoio” em dinheiro. No entanto, o “apoio” só é debitado – e as recompensas só são produzidas – se o projeto bate sua meta de arrecadação (geralmente, um valor que cobre os custos de produção da obra) ao fim do prazo estipulado. Caso a meta não seja batida, o dinheiro volta para o apoiador, e ninguém sai perdendo.

Para conhecer esse projeto, ver as formas de apoio, e saber mais sobre a história, clique aqui.

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A rota percorrida