É verdade que existem muitos comentários nas rede sociais sobre o consumo de cocaína pelo senador Aécio Neves, candidato do PSDB à presidência da República. A história é antiga e ficou pior depois que a polícia apreendeu em Minas Gerais um helicóptero de aliados de Aécio Neves com 500 quilos de cocaína. Mas o que deveria ser uma boataria sem importância nas eleições está se transformando num tema de grande proporções. Essa talvez tivesse sido uma boa oportunidade para Aécio debater as questões das drogas e o fracasso irremediável da atual política de combate ao tráfico. O combate ao tráfico atualmente é uma grande tragédia, uma guerra contra pobres, um genocídio, que mata jovens da periferia e policiais. Mas Aécio, consumidor ou não de cocaína, o que não é problema de ninguém e provavelmente isso não afetaria em nada a sua administração. Mesmo porque os parâmetros conservadores da política de Aécio iam se encarregar de levar o país ao buraco econômico como na época do seu mestre Fernando Henrique Cardoso. Aécio Neves decidiu tapar o sol com a peneira e colocou a polícia para tentar desvendar a boataria. De acordo com a BBC Brasil, o Ministério Público do Rio de Janeiro determinou nesta quarta-feira a execução de mandados de busca e apreensão contra seis pessoas suspeitas de difamar o senador Aécio Neves (PSDB-MG), a fim de recolher de suas residências computadores, pen-drives, câmeras fotográficas e outros aparelhos eletrônicos. Um dos casos foi da jornalista Rebeca Mafra citada em um dos mandados. Ela nega qualquer comentário sobre Aécio. “Um grupo de sete oficiais revirou minha casa toda. Levaram um computador, chip da máquina fotográfica, um pen drive e dois HDs externos, tudo material de trabalho”, afirma. “Eu virei perseguida política de um dia para o outro.”, disse a BBC. Será que a atitude policialesca como essa vão fazer bem ao senador Aécio Neves? Talvez a boataria vá se espalhar com maior rapidez. O pior é que Aécio continuará com o velho discurso da direita: ataque aos pobres da favela e ao tráfico e polícia “bem preparada” para manter a desigualdade social. Enquanto isso, na high society, muito uísque e cocaína.