Se não quiser transformar o Teatro Municipal de Ópera Carlos Gomes, que o prefeito Jonas Donizette (PSB) pretende construir no Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salim, em um elefante branco, Campinas terá de pagar até R$ 10 milhões anuais para a manutenção, incluindo funcionários, limpeza, segurança, manutenção de equipamentos e estrutura.

Esse foi o valor gasto pela Secretaria Estadual de Cultura para manter um teatro de porte semelhante como a Sala São Paulo, que fica na Estação Júlio Prestes. A prefeitura de Campinas não divulgou estimativa de custo do futuro teatro.
Em 2013, a Sala São Paulo custou aos cofres públicos exatos R$ 10,2 milhões. O custo inclui funcionários, limpeza, segurança e manutenção de equipamentos e da estrutura. A Secretaria diz, no entanto, que recebeu R$ 6,5 milhões, provenientes do aluguel de seus espaços. A Sala São Paulo mantém intensa atividade e programação durante o ano todo.
Apesar de serem projetos diferentes, a estrutura técnica dos dois teatros estão preparadas para abrigar grandes espetáculos. A Sala São Paulo tem área de 10 mil metros quadrados e capacidade para 1.388 lugares. Um detalhe da arquitetura da Sala São Paulo é o teto ajustável, que pode ficar a uma altura máxima de 25 metros acima do piso principal. O teto possui 15 painéis, que são detidos por 20 cabos enrolados. Os painéis podem ser controlados individualmente, permitindo que o volume do hall possa ser ajustado. O palco da Sala São Paulo tem 262 metros quadrados.
No projeto de Campinas, de acordo com a prefeitura, o teatro ocupará uma área de 9 mil metros quadrados e terá capacidade para 1.230 lugares. O palco deverá ter aproximadamente 350 metros quadrados com dois espaços abertos em sua parte inferior. Além do tradicional fosso para a orquestra, haverá um hall para receber mostras e exposições. O desenho ainda possui outros seis pavimentos: quatro superiores e dois pisos técnicos. A altura da estrutura varia entre 15 e 37 metros.
A Secretaria Estadual de Cultura administra, entre teatros e salas de espetáculo, seis equipamentos: Sala São Paulo (São Paulo), Auditório Claudio Santoro (Campos do Jordão), Teatro Maestro Francisco Paulo Russo (Araras), Teatro Procópio Ferreira (Tatuí), Teatro Sérgio Cardoso (São Paulo) e Theatro São Pedro (São Paulo). Diferente desses teatros, os custos de manutenção do Teatro de Ópera de Campinas ficará por conta dos munícipes.
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