A Unicamp (Universidade Estadual e Campinas) realiza nesta quinta-feira (17/10) o seminário que dá início às atividades da Comissão da Verdade e Memória da universidade.  A comissão pretende esclarecer fatos, abusos e violações ocorridas durante a ditadura civil-militar iniciada em 1964 contra docentes, funcionários e estudantes.

 Maria Lygia Quartim de Moraes
Maria Lygia Quartim de Moraes

O seminário contará com a presença da presidente da Comissão, professora Maria Lygia Quartim de Moraes e integrantes, além do deputado estadual por São Paulo Adriano Diogo, presidente da Comissão da Verdade Rubens Paiva, da Assembleia Legislativa de São Paulo, do advogado Belisário dos Santos Júnior, ex-secretário de Justiça e de Administração Penitenciária do Estado de São Paulo e do também advogado Claudineu de Melo, professor adjunto de Direito Comercial da Faculdade de Direito da Universidade Mackenzie. O evento acontece a partir das 9h30, no auditório do Instituto de Economia (IE).

Segundo a professora Maria Lygia Quartim de Moraes (IFCH), o intuito da comissão (que recebeu o nome de Comissão Otávio Ianni) é dar voz aos que foram calados.

A Comissão está autorizada a recolher depoimentos, informações e documentos, assegurando, sempre que requerida, a não identificação do informante. Ela também pode requisitar informações e documentos de todos os órgãos da Universidade e convidar professores, funcionários e alunos que tenham vivenciado situações de violações de seus direitos civis dentro da Universidade. As informações obtidas poderão ser encaminhadas às Comissões da Verdade em âmbito nacional e estadual.

A Comissão Otávio Ianni da Unicamp terá prazo de um ano a partir de sua instalação, com possibilidade de prorrogação, caso seja necessário. Além da professora Maria Lygia, são membros titulares o professor Wilson Cano (IE), o professor Yaro Burian Júnior (FEEC), a professora Ângela Maria Carneiro (IFCH) e o advogado Eduardo Garcia de Lima. (Da Rede Carta Campinas, com informações de divulgação)