71wlhuJ9KvL._SL1046_A programação de cinema desta semana no Museu da Imagem e do Som de Campinas exibe gratuitamente na próxima terça e quinta-feira dois filmes de conteúdo político e crítico.

O primeiro deles, dirigido por Margarethe Von Trotta é “Rosa Luxemburgo”. (Alemanha, 1986. Colorido, 122 min). O filme recupera alguns momentos da vida da revolucionária Rosa Luxemburgo, como ficou conhecida. Nascida na Polônia e doutora em Ciências Econômicas, Rosa Luxemburgo torna-se uma das grandes líderes do movimento operário revolucionário alemão, adere ao Partido Social-Democrata alemão em 1898 e, em 1914, rompe violentamente com essa agremiação. Rosa, a Vermelha, como era conhecida, visceralmente internacionalista e antibelicista condena como uma traição o apoio dos social-democratas à deflagração da Primeira Guerra Mundial. Ao lado de Léo Jogiches, seu amante, e do revolucionário Karl Liebknecht, junto com o qual fundou a Liga Spartakus, embrião do futuro Partido Comunista Alemão, a militante se embrenha cada vez mais no movimento de massas, passando longos períodos na prisão.

Construído a partir de fragmentos das muitas cartas escritas por Rosa, a maioria em períodos em que esteve presa, o filme retrata um momento histórico de luta e mudança a partir de uma mulher que, como nenhuma outra, entendeu os problemas e desafios de sua época. O filme será exibido em dois horários, às 15h e às 18h30.

Na quinta-feira, dia 31 de outubro, às 19h,  será exibido “Cuba, uma odisseia africana”, de Jihán El Tahri. (França, 2007. Colorido, 118 min). Este filme documentário retrata um outro movimento revolucionário que faz oposição às ações de disputa e exploração de outros países pelos EUA e pela URSS  no contexto da chamada “Guerra Fria”.

O enredo revela um episódio importante do combate entre leste e oeste para ocupar posições estratégicas e controlar matérias-primas e fontes de energia, cujas repercussões explicam a África de hoje. No início dos anos 60, quatro adversários com interesses conflitantes se defrontam: os soviéticos querem estender sua influência, os Estados Unidos pretendem se apropriar das riquezas naturais do continente, os impérios antigos procuram reanimar seu poder colonial vacilante; e as nações jovens defendem sua nova independência, armados com um ideal: internacionalismo.

Africanos revolucionários como Patrice Lumumba, Amicar Cabral e Agostinho Neto chamam guerrilheiros cubanos para ajudar nessa luta. E os homens de Fidel Castro vão desempenhar um papel central no continente depois da epopéia tragicômica de Che Guevara no Congo, até o triunfo da batalha de Cuito Cuanavale, em Angola.  (Da Rede Carta Campinas com informações de divulgação)