“Venha morar em Barão Geraldo e seja roubado você também”. Essa foi uma das frases escritas em cartazes levantados por jovens estudantes em um ato realizado nesta noite de quarta-feira, 4 de setembro, em frente ao 7º Distrito Policial, contra a violência no distrito de Barão Geraldo, em Campinas.

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Ato pede menos violência em Barão Geraldo

A região, próxima à Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), abriga diversos estudantes que saem de suas cidades de origem e vêm estudar na universidade. O número de repúblicas e pequenos prédios de kitnets é alto, assim como a quantidade de estudantes andando pelas ruas da região.

Esse cenário, somado à falta de segurança, fez com que o lugar colecionasse altos índices de assaltos, roubos, sequestros e até estupros. Em média, uma república é assaltada por semana em Barão Geraldo. Uma página foi criada na internet para dar mais visibilidade aos relatos de violência e pressionar as autoridades. A página também foi o começo do ato contra a violência desta quarta-feira.

Felipe Facchini, mestrando em Engenharia Elétrica na Unicamp e um dos organizadores do ato, disse que a partir da página na internet e da sensação de pânico e insegurança gerada, não havia como não fazer nada. “O ato é uma forma de cobrar uma resposta das autoridades e, ao mesmo tempo, mostrar nossa indignação”. Renato Pereira do Conselho de Segurança de Barão Geraldo, que também estava presente no ato, alertou para o fato do poder público da cidade “não olhar para Barão Geraldo” e também lembrou a falta de estrutura da polícia no local que conta com apenas dois investigadores e dois escrivãos emprestados da Unicamp.

O ato contou com o apoio logístico do STU (Sindicato de Trabalhadores da Unicamp). Antonio Alves, coordenador geral do sindicato, disse ao CartaCampinas que eles decidiram apoiar o ato de alguma forma, pois veem, todos os dias, os problemas que acontecem em Barão Geraldo. (Da Rede CartaCampinas)