O Brasil não é uma republiqueta do golpe parlamentar por acaso.

9ª maior economia do mundo, o país tem uma das maiores concentrações bancárias do mundo.

Os quatro maiores bancos do país – Itaú-Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal – concentraram 78,51% do mercado de crédito em 2017.

O Brasil na verdade é um grande feudo não só bancário. Veja o caso da internet no Brasil.

Até setores que poderiam ser descentralizados foram concentrados nas últimas décadas com a ajuda dos governos petistas. É o caso dos Frigoríficos e da JBS, que domina a produção de carne no Brasil, além da compra de deputados. Não por acaso também, são esses oligopólios são os que lideram a insatisfação da população que necessita desses serviços.   É quase impossível uma democracia capitalista se consolidar com poucos grupos econômicos controlando toda a economia e, pior, com grande poder de compra de deputados. Veja o caso da mídia.

A concentração da renda bancária reflete na concentração também de renda no país que precisa pôr o Exército na rua para poder manter o nível de desigualdade social e econômica e conseguir manter o abandono nos investimentos para a população.

Os quatro bancos também foram responsáveis por 76,35% dos depósitos dos correntistas. Os dados são do Relatório de Estabilidade Financeira, divulgado hoje (17) pelo Banco Central (BC).

De acordo com os dados, a concentração bancária vem crescendo no país. Em dezembro de 2007, os quatro bancos eram responsáveis por 54,68% do crédito e 59,34% dos depósitos.

Perguntado se a concentração bancária dificulta a queda dos juros, o diretor de Fiscalização do BC do governo Temer, Paulo Souza, afirmou que a autoridade monetária tem adotado medidas para reduzir o custo do crédito. Ele afirmou que o spread – diferença entre a taxa de captação do dinheiro pelos bancos e a cobrada dos clientes – está em queda, mas o BC trabalha para que a velocidade dessa redução seja maior.

Entre as medidas, ele citou a reforma trabalhista como forma de reduzir custos para as instituições financeiras. Ou seja, a retirada de direito dos trabalhadores gerando maior lucratividade dos bancos é uma solução para Paulo Souza. (Carta Campinas e Agência Brasil)