divulga lideAs investigações implacáveis e direcionadas quase que exclusivamente ao PT e a aliados do partido pela Operação Lava Jato e pelo juiz Sérgio Moro já provocam os efeitos concretos de aumento de corruptos na política. Ou pelo menos de fichas sujas.

Havíamos previsto isso em texto anterior que a Lava Jato aumentaria a corrupção, mas isso se concretizou rapidamente com as eleições municipais de 2016.

Segundo reportagem da Revista Fórum, a queda brusca de candidatos eleitos pelo PT e a ascensão do PSDB e PMDB trouxeram mais fichas sujas para comandar as cidades e o dinheiro público. “Sob o discurso anticorrupção e antipetista, os dois partidos (PSDB e PMDB) com mais votos no Brasil são, justamente, os dois partidos com maior número de registros de candidaturas negados graças a lei da Ficha Limpa, que impede de se candidatar qualquer candidato que tenha sido cassado ou renunciado para evitar cassação, bem como aqueles que tenham sido condenados por qualquer órgão colegiado, ou seja, com mais de um juiz”.  Em resumo, o efeito da Lava Jato foi eleger o maior número de fichas sujas.

Outra reportagem, do The Intercept Brasil, mostra que a minireforma política do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), provocou aberrações inacreditáveis e a possibilidade de fichas sujas se candidatarem.

Isso foi possibilitado pelos ataques da Lava Jato a ex-presidente Dilma, inclusive com divulgação de grampo ilegal. A Lava Jato ajudou Eduardo Cunha a ganhar poder para promover o golpe parlamentar. Diz trecho da reportagem do The Intercept Brasil: “No último domingo, Ubiraci Rocha, de 40 anos, foi votar algemado e terminou o domingo eleito vereador em Catolé do Rocha, na Paraíba. Rocha, que responde a cinco processos por homicídio e um por pistolagem, recebeu 948 votos e foi o sexto político mais votado no município localizado a 411 km de João Pessoa”.

Outro efeito da Lava Jato, esse muito específico, pode ter sido a eleição em primeiro turno o parceiro de eventos de Sérgio Moro, o milionário João Dória.