A Comissão da Mulher da Câmara da Campinas pedirá a investigação pelo Legislativo do vereador bolsonarista Otto Alejandro (PL), acusado de agredir física, verbalmente e ameaçar de morte a namorada.
Em boletim de ocorrência registrado na 1ª Delegacia de Defesa da Mulher de Campinas na última segunda-feira, 10 de novembro, ela afirma que teve a casa invadida pelo parlamentar de direita e que Alejandro quebrou objetos e teria levado uma televisão.
De acordo com a namorada, eles mantém um relacionamento há um ano e meio. Ela relatou que Alejandro costuma consumir bebidas alcóolicas, ficando alterado e agressivo.
“Nós conversamos entre as vereadoras da Comissão da Mulher e vamos tomar providências. Além do processo criminal que já está em curso, é preciso que a Câmara de Campinas dê também uma resposta a esse caso. Essa casa precisa dar o exemplo. Não podemos admitir a violência contra a mulher”, afirmou a vereadora Mariana Conti (PSOL), presidente da comissão.
A parlamentar e as vereadoras Guida Calixto e Paolla Miguel, do PT, Fernanda Souto, do PSOL, e Debora Palermo, do PL, também integrantes da Comissão da Mulher, se manifestaram na última sessão da Câmara de Campinas, na quarta-feira, 12 de outubro, cobrando a apuração da denúncia.
“É dever das instituições apurar, ouvir e proteger a vítima. E é dever de todas nós não aceitar privilégios nem impunidade”, afirmou Paolla Miguel, que defendeu que seja feita uma representação na Corregedoria do Legislativo campineiro para que a denúncia seja investigada com “rigor e celeridade”.
A vereadora Debora Palermo, filiada ao mesmo partido de Alejandro, afirmou durante a sessão que “é inadmissível ter nessa Casa um agressor de mulheres”. “É do PL como eu, mas eu não posso admitir uma situação como essa, eu rechaço totalmente essa covardia que é a agressão contra uma mulher”, afirmou.
O presidente da Câmara, Luiz Rossini (Republicanos), após a manifestação das vereadoras da Comissão, classificou a denúncia como séria, grave e preocupante. “Essa Câmara não se furtará a enfrentar essa realidade”, afirmou.
Durante a sessão, Fernanda Souto chamou atenção para o aumento de casos de violência contra a mulher e feminicídios em Campinas, que chamou de “epidemia”. O caso mais recente de assassinato de mulheres na cidade aconteceu há cerca de uma semana. Denise Tizo de Oliveira, de 28 anos, grávida de oito meses, foi morta dentro de casa, no Jardim Santa Lúcia, por seu companheiro, que se matou em seguida. Os corpos foram encontrados no último dia 9.
Na última terça-feira, o Movimento de Mulheres Olga Benário organizou um protesto no Terminal Central pedindo justiça para Denise. De acordo com dados do Movimento, esse é o 19º caso na Região Metropolitana e o quinto em Campinas este ano.
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