
A Polícia Federal finalizou o inquérito que investigou a criação da chamada ‘Abin Paralela’, um sistema de espionagem criminoso para perseguir opositores e até apoiadores com equipamentos de espionagem do Estado brasileiro sem autorização judicial. Os bolsonaristas, segundo o inquérito, fizeram o uso indevido de sistemas de espionagem no interior da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Segundo a CNN Brasil, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi novamente indiciado, ao lado do filho, o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) e do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que dirigiu a Abin durante parte do governo Bolsonaro. Bolsonaro já pode ser considerado um ‘serial killer da democracia’, devido a quantidade de processos que ele está sendo investigado ou já foi condenado.
Segundo um levantamento feito pelo PL, partido de Bolsonaro, em 2023, ele respondia por quase 600 processos na Justiça. A legenda monitora os casos porque cabe a ela custear a defesa de Bolsonaro em boa parte das ações. Entre os crimes que Bolsonaro responde estão: venda de joias, interferência na Polícia Federal para evitar investigação de familiares, divulgação de fake news sobre urna eletrônica, vacina e outras, ataques ao STF e ao Estado Democrático de Direito, vazamento de informações sigilosas, tentativa de golpe de Estado e outros.
A investigação da ‘Abin Paralela’ teve início em março de 2023 após a revelação do uso do programa espião FirstMile, desenvolvido por uma empresa israelense. O software permite rastrear a localização de pessoas por meio da triangulação de sinais de celulares — prática que, no caso da Abin, teria sido realizada sem respaldo legal. Com o avanço das apurações, a Polícia Federal identificou outras ferramentas ilegais utilizadas por agentes da agência, o que ampliou o escopo e a complexidade do inquérito.
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