
O projeto Olhar da Diversidade está com inscrições abertas até segunda-feira, 23 de junho, para suas duas chamadas públicas nacionais. A iniciativa contempla artistas visuais, de fotografia e criadores que integram as comunidades LGBTQIAPNBK+ e PCDs.
As convocatórias integram um programa de exposições e atividades formativas que acontecerão na cidade de Campinas, com financiamento da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativa do Estado de São Paulo e do Governo Federal, por meio da Política Nacional Aldir Blanc – Ministério da Cultura. As inscrições são gratuitas, pelo site linktr.ee/olhardadiversidade.
A curadoria dos projetos é composta por Noah Ribeiro e Luiza Naves, sob coordenação de Carolyne Germano. “Trabalhamos com o entendimento de que a imagem é uma tecnologia sensível de memória e posicionamento. A escuta dessas visualidades dissidentes é uma forma de tensionar estruturas que historicamente silenciam corpos e saberes. Esses editais acolhem a pluralidade e reafirmam a produção artística como um direito cultural”, afirma Germano.
Sobre os editais
O edital Existências em Expansão tem como foco a seleção de dez fotógrafos LGBTQIAP+, maiores de 18 anos, residentes em qualquer região do país. As propostas devem apresentar entre três e cinco fotografias autorais que expressem narrativas, estéticas e subjetividades dissidentes. As obras serão distribuídas por diferentes equipamentos culturais da cidade, compondo um percurso sobre corpos, territórios e afetos.
Já o edital Identidades em Deslocamento é destinado a pessoas transgêneras, travestis e PCD. Serão selecionados cinco fotógrafos e cinco artistas intervencionistas, que atuarão de forma colaborativa na criação de obras híbridas e acessíveis, incorporando práticas como bordado, colagem, inteligência artificial, performance sonora, Libras e braile. A mostra final propõe romper com os limites da bidimensionalidade e expandir os modos de ver e sentir por meio da fotografia.
Os artistas selecionados receberão remuneração de até R$ 2.000,00, além de terem seus trabalhos integrados ao catálogo do projeto e doados a instituições parceiras como forma de ampliar a circulação simbólica das obras. As duas chamadas adotam políticas afirmativas na distribuição das vagas, com atuação nos campos da fotografia, artes visuais e crítica cultural.
A curadoria vai considerar representatividades sociais, com prioridade para candidaturas de PCD, pessoas negras, indígenas, trans e NB, intersexo e periféricas. Além disso, a seleção considerará critérios como coesão temática, qualidade técnica e trajetória em contextos de vulnerabilidade ou desconcentração geográfica.
As propostas selecionadas integrarão uma programação composta por oficinas, encontros formativos e atividades de mediação cultural. Além da remuneração, o projeto arcará com todos os custos de produção, impressão e montagem das obras. As atividades presenciais ocorrerão em Campinas, entre os meses de agosto e setembro de 2025. (Com informações de divulgação)
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