O caminhoneiro poderia estar pagando um preço bem mais baixo pelo óleo diesel se o governo Bolsonaro (PL) não tivesse privatizado a BR Distribuidora, que detinha a rede de postos com a bandeira BR. Bolsonaro privatizou todos os postos entre 2019 e 2021, logo que assumiu o governo, e a rede foi adquirida pela Vibra Energia.
A rede de postos BR e a distribuição da Petrobrás eram fundamentais para que a redução do preço do combustível da estatal chegasse ao consumidor de forma ágil, visto que era praticamente automática a redução de preço já que era uma política de redução da própria Petrobras. Isso levava a uma redução das outras empresas para acompanhar o movimento de baixa, natural no mercado.
A diferença entre o comportamento do preço do diesel que sai das refinarias da Petrobras e o cobrado nos postos tem despertado atenção na própria companhia estatal. “A partir de 1º de abril, reduzimos R$ 0,45 no litro do diesel e, infelizmente, esse valor não está sendo percebido pelo consumidor final”, constatou o diretor de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras, Claudio Romeo Schlosser, durante apresentação do balanço da companhia na terça-feira, 13 de maio. Mas essa perda dos caminhoneiros acontece há tempo.
Com a privatização, o preço não é mais reduzido ao consumidor. Desde janeiro de 2023, o preço do óleo diesel vendido pela Petrobras às distribuidoras de combustíveis caiu R$ 1,22 por litro. Se for levar em consideração a inflação do período, a redução equivale a um alívio de R$ 1,75 por litro. Isso representa queda de 34,9% desde então. Atualmente, o valor cobrado pela estatal é R$ 3,27 por litro, em média.
No entanto, esse barateamento não foi repassado para o consumidor final na mesma magnitude. De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), índice oficial de inflação apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de janeiro de 2023 a abril de 2025, o óleo diesel ficou apenas 3,18% mais em conta.
Diesel da Petrobras desde janeiro 2023: -34,9%
Diesel no IPCA desde janeiro 2023: -3,18%
O diesel tem peso de 0,25% no IPCA. Porém, é o principal combustível utilizado no transporte terrestre de mercadorias, de forma que tem influência sobre o preço dos alimentos e outros produtos. Ou seja, a queda do preço ajudaria o país a combater a inflação, atualmente em 5,53% em 12 meses, acima da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) de até 4,5%
Na apresentação do balanço contábil do primeiro trimestre de 2025, a própria presidente da Petrobras, Magda Chambriard, fez coro à constatação de que a redução do diesel não tem chegado aos postos. Sem muito o que poder fazer com a privatização promovida pelo governo Bolsonaro, a presidente da Petrobrás orientou que os consumidores questionem os pontos de revenda por que a redução “não está chegando na ponta”. “Pressionem, perguntem por que isso está acontecendo. Qual é o tipo de margem [de lucro], se essa margem é tolerável”, recomendou.
A Petrobras não possui mais controle acionário sobre a BR Distribuidora e, portanto, não tem mais responsabilidade direta pela gestão e operação dos postos com a bandeira BR. (com informações da Agência Brasil)
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