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‘Sobre Vivências’ faz imersão nas múltiplas dimensões da vida nas periferias brasileiras

(foto: divulgação)

Em São Paulo – A exposição “Sobre Vivências” marca a reabertura do Museu das Favelas em sua nova sede, no Largo Pátio do Colégio, em São Paulo. A mostra, de longa duração, já está aberta para visitação e faz uma imersão nas múltiplas dimensões da vida nas favelas brasileiras, desde a sua formação histórica até as manifestações culturais e artísticas contemporâneas.

Com curadoria coletiva e obras de artistas e coletivos periféricos, a exposição celebra a criatividade das favelas por meio de projetos como o Coletivo Artesanato Chave, Quebradinha de Marcelino Melo e as instalações de Oga Mendonça, entre outros. O Museu das Favelas também conta com exposições itinerantes e projetos interativos. A entrada é gratuita, com retirada de ingressos antecipados.

“Ter a exposição ‘Sobre Vivências’ no Museu das Favelas é uma oportunidade única de conectar histórias, territórios e narrativas que refletem a força das periferias brasileiras. ‘Sobre Vivências’ nos convida a mergulhar nas memórias das favelas, reafirmando o papel do museu como um lugar de encontro, troca e valorização”, afirma Natália Cunha, diretora do Museu das Favelas.

Dividida em cinco módulos temáticos, com curadoria de Gil Marçal, Leandro Mendes (em memória), Vera Cardim e o curador convidado Oswaldo Faustino, “Sobre Vivências” reúne várias vertentes da arte, do crochê das quebradas do Coletivo Artesanato Chave às projeções do Coletivo Coletores, dos artistas e pesquisadores Toni Baptiste e Flávio CamargoToni.

Destacam-se também as miniaturas de casas periféricas criadas a partir de materiais recicláveis no projeto Quebradinha, de Marcelino Melo, e a estética e narrativa das periferias capturadas nas instalações de Oga Mendonça. O conjunto de fotos Retratistas do Morro, de João Mendes e Afonso Pimenta, documenta o cotidiano do Aglomerado da Serra desde os anos 1960, e as obras da artista visual Lídia Lisboa homenageiam as raízes nas favelas, sendo uma referência importante do museu.

O acervo reúne ainda objetos que narram as vivências e a complexidade das moradias nas favelas, com peças selecionadas por museus comunitários que atuam na preservação da memória popular. Outro destaque é a instalação interativa da GR6, que celebra o impacto transformador das festas de favela e o protagonismo da juventude periférica.

Inaugurado em 2022, o Museu já recebeu mais de 170 mil visitantes e conta com a parceria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para apresentar dados oficiais sobre as favelas, retratando a diversidade socioespacial no território brasileiro.

Além da exposição de longa duração, oferece ao público a mostra itinerante “Favela em Fluxo”, que já passou por Recife, Salvador e Rio de Janeiro, e agora encerra sua circulação em São Paulo. Também a exposição “Marvel – O Poder é Nosso”, com obras produzidas no Afrolab, um curso de capacitação para jovens negros focado em arte audiovisual e on-line, realizado em parceria com a The Walt Disney do Brasil, KondZilla e o Instituto Feira Preta. (Com informações de divulgação)

Serviço

Data: longa duração
Horário: de terça-feira a domingo das 10h às 17h (com permanência até as 18h)
Local: Museu das Favelas
Endereço: Largo Pátio do Colégio, 148, Centro Histórico de São Paulo
Entrada: gratuita, com retirada de ingressos antecipados no site ou na recepção do museu, sujeito a disponibilidade no dia.
Mais informações: no site www.museudasfavelas.org.br/

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