A extrema violência policial imposta em São Paulo pelo governador carioca Tarcísio de Feitas e o Secretário de Segurança, Guilherme Derrite, não reduziram a violência. Pelo contrário. O estado de São Paulo registrou 214 homicídios dolosos – quando há intenção de matar – no mês de novembro deste ano. Foram cinco casos a mais do que no mesmo mês do ano passado, quando o crime teve 209 registros. O número de vítimas passou de 224 para 226.
Os dados são da Secretaria da Segurança Pública do estado (SSP-SP), que divulgou nesta segunda-feira (30) as estatísticas criminais de novembro.
Os latrocínios – roubo seguido de morte – também tiveram mais registros no mês, com 16 casos. No ano passado, foram 12 boletins de ocorrência deste crime em novembro.
O aumento da violência acontece em meio ao aumento da violência policial contra a população e amor de inúmeros inocentes. Mais de 80 organizações e movimentos da sociedade civil, grupos periféricos e de defesa dos direitos humanos e grupos familiares de vítimas de violência policial encaminharam um documento à Organização dos Estados Americanos (OEA) denunciando o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e seu secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, pelo aumento da violência policial no estado paulista. O documento foi protocolado no dia 20 de dezembro e é assinado por 81 organizações.
Citando a Operação Escudo e a Operação Verão, que provocou a morte de dezenas de pessoas, além do caso recente de um rapaz que foi jogado de uma ponte por um policial, as entidades afirmam que houve agravamento da violência policial no estado de São Paulo e que é necessário que a OEA responsabilize o secretário e o governador de São Paulo. O documento pede também à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) que acompanhe os casos e faça recomendações oficiais ao Estado brasileiro para agir pela diminuição da violência policial em todo país.
“Esses episódios exemplificam a atuação racista e autoritária da polícia no estado, e cabe a nós exigir o fim da violência racial promovida em São Paulo pelo governador Tarcísio de Freitas e o Secretário de Segurança Público, Guilherme Derrite! Nos últimos dois anos, os índices de letalidade policial no estado só aumentaram. As chacinas ocorridas na Baixada Santista resultaram na morte de mais de 70 civis. No ano de 2023, 460 pessoas foram mortas pela Polícia Militar de São Paulo. Até novembro de 2024, esse número subiu para 673 vítimas, sendo que a maioria, pessoas negras”, escreveram as entidades no documento. (Com informações da Agência Brasil)