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O mercado financeiro é chicote dos super-ricos na era da servidão voluntária

Chocante! Super-ricos pedem corte para quem ganha meio salário-mínimo (imagem: reprodução)

O chamado ‘Mercado’ pela mídia conservadora e pelos super-ricos é uma espécie de chicote do fazendeiro escravocrata na era atual, que serve tanto a banqueiros como ao agronegócio especulativo. Mas um chicote que trabalha sobre o lombo de uma servidão voluntária da população em busca da sobrevivência. O editorial do jornal O Globo chega a ser chocante porque pede corte de recursos de pessoas que ganham meio salário mínimo!! É de uma violência assustadora e tenta colocar os aposentados pobres no pelourinho. A mesma mídia e mercado que fizeram lobby com reportagens por meses para não pagar impostos na folha de pagamento para 17 setores da economia. Ou seja, cortamos dos pobres para eles não pagarem impostos.

Os analistas do mercado financeiro já controlam a política monetária o Banco Central do Brasil. São eles que definem as regras econômicas em um plano independente da democracia, dos governos eleitos. Esse controle se dá com as chicotadas do Boletim Focus (definido pelo mercado). A edição mais recente do boletim Focus (que consulta as empresas financeiras em pesquisa semanal com analistas de mercado), a taxa básica deve subir 0,5 ponto percentual nesta reunião, para 11,25% ao ano, e encerrar 2024 em 11,75% ao ano. É mais uma chicotada com o apoio a mídia agroconservadora.

A presidente do PT e deputada federal Gleisi Hoffmann escreveu que “o editorial do Globo, circundado pelo da Folha, que exige cortes na Saúde, Educação e Previdência, para, na visão deles, equilibrar as contas públicas. Mais uma vez, nenhuma linha sobre os privilégios de quem não paga impostos ou paga muito menos do que deveria. Ao contrário, festejam a devolução da MP que corrigia as distorções do PIS/Cofins e provocam um rombo bilionário nas despesas. E nenhuma palavra também sobre os juros escorchantes que travam o crescimento e, portanto, a arrecadação de impostos. É só cortar, cortar, cortar… Como diz o economista Marcelo Medeiros, especialista na questão da desigualdade, essa turma sabe que ‘é mais fácil tirar dinheiro de pobre do que tirar dinheiro de rico'”

O deputado Chico Alencar do PSOL escreveu: “O editorial de O Globo, hoje, deixa claro o que a Faria Lima e o andar de cima esperam dos cortes de gastos: o ajuste tem que ser pago pelos mais pobres. Taxar fortunas, tributar dividendos, cortar benefícios fiscais de empresas, nem pensar. A bola da vez é o BPC e aposentadorias”.

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