(imagem reprodução tv art e imagem ia)

As emissoras de TV não estão atrás de cliques com a inclusão do candidato Pablo Marçal (do partido político sem representatividade PRTB) nos debates para as eleições municipais de 2024 em São Paulo, na capital paulista.

Marçal é na realidade o bufão fundamental do extrema direita – permitido pelos super-ricos – para distrair os pobres e negar a política. Marçal é importante para dar continuidade ao legado de negação da política que começou com a lava jato e o bolsonarismo. Analisar a presença de Marçal apenas por cliques da bizarrice não o explica.

Ao colocar o candidato de um partido insignificante eleitoralmente em um debate para a maior cidade do Brasil, um dos mais importantes centros políticos do Brasil, sem qualquer necessidade legal, os super-ricos (donos de TV, bancos e agronegócio exportador) criam um circo para distrair o eleitor e manter os privilégios.

A legislação, artigo 46 da Lei nº 9.504/1997, permite que as emissoras de rádio e televisão não sejam obrigadas a convidar todos os candidatos registrados na Justiça Eleitoral. A prerrogativa para este convite deve ser fixada à representação mínima da sigla no Congresso Nacional de, pelo menos, 5 parlamentares na Casa. O partido do candidato não tem essa representação!!

Marçal é, na realidade, o bufão dos super-ricos que vislumbra ganhos (no caso ganhos financeiros individuais) esfregando as mãos diante da confusão. O parvo Marçal ou Boçal deturba o debate político intencionalmente e é isso que é o mais interessante para os ricos, desacreditar em qualquer seriedade do campo político. Somente o privado e seus lobbies podem definir os rumos da maior cidade do país.

Nos últimos anos, a ascensão de candidatos fascistas foi uma resposta aos avanços democráticos da sociedade por justiça e igualdade, mas principalmente pelo avanço da consciência social, da consciência consolidada por movimentos de gênero, sociais e também por conceitos cada vez mais populares como “pobres de direita”.

Esses avanços, que vamos chamar aqui de avanços da consciência coletiva, ameaçou privilégios dos super-ricos. Os candidatos que defendem os privilégios dos super-ricos se tornaram frágeis no debate do modelo racionalista político, ficaram sem argumentos.

A solução da casta do privilégio é manter o caos controlado na política até quando for possível. Marçal tornou-se necessário não pelos cliques, mas pela negação da política como forma de emancipação.