Após a liberação elevada de agrotóxicos, inclusive agrotóxicos proibidos em países europeus, durante o governo de extrema direita de Jair Bolsonaro (PL), pela primeira vez o número de insumos biológicos contra pragas agrícolas registrados no Brasil superou o de agrotóxicos, de acordo com levantamento do pesquisador José Maurício Simões Bento, professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP) e revelado em um painel de discussão sobre agricultura inteligente durante a FAPESP Week Illinois, em Chicago (Estados Unidos).
Os produtos biológicos são microrganismos, macrorganismos, bioquímicos (compostos de origem natural que controlam pragas e doenças) e semioquímicos (moléculas que induzem respostas comportamentais em organismos-alvo).
O pesquisador afirmou que aproximadamente 20% dos produtores agrícolas globais adotam produtos biológicos e que no Brasil o índice é maior: 55% das propriedades estão utilizando biocontrole em comparação com 6% nos Estados Unidos. “Hoje, o Brasil conta com cerca de 170 biofábricas, tratando uma área de aproximadamente 25 milhões de hectares, e um mercado que movimenta mais de US$ 1 bilhão anuais, com projeção de crescimento de 15% a 20% ao ano”, afirmou o pesquisador em reportagem de Elton Alisson, da Fapesp. (Veja mais informações AQUI)