Por Luiz Fernando Praga.
O dia era só tédio e solidão,
Dixavo uma pelota de utopia,
Papel em branco e um café na mão,
Na vizinhança uma criança ria.
A gata atrás da mosca pela casa,
Minha cachorra a meus pés no chão,
Quando a mosca perdeu, voei pra Gaza,
Num súbito, ruína e explosão!
Pedaços de famílias, busca em vão.
Mutilação, pedaço de cidade.
Menina vê pedaços de um irmão.
Há sede e fome em nome da maldade.
Há intenção de exterminar, há ira,
Há Israel deixando só o pó,
Há complacência, há grana e há mentira,
Não há sinal de paz, amor ou dó.
Os estilhaços vêm a mim também,
A covardia é nua, bruta e clara,
Moribundo, suplico por alguém,
E um soldado mija em minha cara.
Sou só mais um queimado entre os escombros,
Um ser humano violado, exausto,
E Biden e Bibi, dando de ombros,
Pra matança pior que o holocausto.
Na vizinhança mil crianças choram,
Não juntarão pedaços que as criem
Eu escolho morrer onde elas moram.
Leitões e Sardembergs, aqui riem…
Pois é , caríssimo e preclaro poeta da indignação, Liiz Fernando Praga. A luta contra as infâmias e injustiças continua, aqui e alhures! Alvíssaras, irmão!
Valeu, Cerberus ! A luta será pra sempre e quando um se abalar, que o outro o sustente! União e consciência da necessidade e juntos vamos pegando gosto pela luta, por mais que ela tenha momentos de puro asco! Valeu mesmo! Abraços!