Um esquema da ONG Transparência Internacional comandada por Bruno Brandão foi narrado em reportagem do site Conjur. Vale a pena entender porque a ONG faz ataques ao Brasil no relatório em que tirou da cartola que o Brasil se tornou um país mais corrupto em 2023. As ótimas indicações de Lula se tornaram problemas para os interesses da (In)Transparência Internacional.
Gleisi Hoffmann, presidenta do PT, chegou a afirmar que ONG Transparência Internacional tem longa trajetória de desinformação sobre os governos do PT, mas no relatório anual divulgado esta semana passou dos limites. “Acusar de retrocesso a indicação dos ministros Cristiano Zanin e Flávio Dino ao STF, além da escolha de Paulo Gonet para a PGR, revela apenas a má vontade e a oposição política da ONG a Lula e ao PT. Queriam que Lula indicasse procurador-geral e ministros lavajatistas?”, questionou ironicamente Gleisi.
Segundo a reportagem do Conjur, quando trabalhava com a apelidada “força-tarefa da lava jato”, Bruno Brandão, da Transparência Internacional, planejou com os procuradores de Curitiba montar esquema para que, na eleição de 2018, fossem eleitos apenas candidatos lavajatistas. O plano previa também o fuzilamento moral de opositores elencados em uma lista negra a que deram o nome de “adeus, queridos”. Vale lembrar que alguns dos procuradores da Lava Jato foram ou estão sendo investigados por corrupção processual e outros crimes.]
“O diretor da Transparência, que atua como empresa de lobby em diversos países, tinha planos ambiciosos. Ele queria ser co-administrador de dois fundos: o de R$ 2,5 bilhões oriundos da Petrobras e outro de R$ 2,3 bilhões do acordo de leniência da J&F Investimentos. As duas tentativas fracassaram. No caso da J&F, os empresários negaram-se a delegar a tarefa de investir em projetos sociais à T.I. e aos procuradores. O Ministério Público Federal do Distrito Federal queria destinar R$ 2,3 bilhões (dos R$ 10,3 bilhões totais do acordo) para um projeto de “controle social da corrupção” e “campanhas educativas”. O programa seria supervisionado pela Transparência Internacional — uma entidade de direito privado decidindo como gastar dinheiro público (uma vez que devolvido ao Estado, por meio do acordo de leniência) (…) Em resumo: Brandão acha absurdo o contribuinte pagar pela viabilização do processo eleitoral que beneficiará a todos os candidatos indistintamente. Mas defendeu que ele próprio participasse da gestão de fundos, com capital semelhante ao do fundo eleitoral — e que ajudariam a eleger apenas candidatos da turma dele.’, anota a reportagem.
E continuou a reportagem lembrando o caso lava jato: “Uma troca de mensagens entre Brandão e Deltan Dallagnol, divulgada em 2020, revelou que o procurador deu acesso ao chefe da TI-B aos termos do acordo da Petrobras antes que ele fosse assinado. As mensagens hackeadas também os mostram combinando estratégias de intervenção na imprensa a favor da “lava jato”, como a produção de estudos encomendados para que a recuperação econômica do país fosse atribuída à operação. Em março de 2021, a Fundação Getúlio Vargas enviou uma notificação à sede da Transparência Internacional, na Alemanha, acusando a seção brasileira de ter usado mão de obra, expertise e instalações da própria FGV para cumprir um memorando firmado com a “lava jato”, mas sem o seu consentimento”. (veja reportagem)