Um projeto que deveria ter sido feito durante a pandemia de Covid-19, mas foi negligenciado pelo governo Bolsonaro, será implantando pelo governo Lula. Com a pandemia e a suspensão das aulas presenciais, os maiores prejudicados foram os alunos do ensino fundamental das escolas públicas por causa da dificuldade de acesso à internet e também pela pouca idade. Eram necessárias medidas emergenciais e investimentos durante a pandemia para tentar contornar essa situação que prejudicou a alfabetização de milhares de alunos. Mas o governo Bolsonaro defendia a exposição ao vírus como forma de imunização contra a Covid-19 e não teve planos para a educação durante o isolamento social. Na realidade, o governo agiu contra o isolamento e nada fez pela alfabetização naquela situação.
Agora, o governo Lula tenta recuperar o prejuízo causado. Em cerimônia de lançamento do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, que tem como objetivo assegurar que 100% das crianças estejam alfabetizadas ao fim do segundo ano do Ensino Fundamental e a recomposição das perdas de formação decorrentes da pandemia de Covid-19, o presidente Lula destacou a importância da cooperação entre União, estados e municípios para assegurar que as crianças tenham direito à educação de qualidade e formação na idade adequada.
O objetivo do governo Lula é garantir que 100% das crianças brasileiras estejam alfabetizadas ao fim do 2º ano do ensino fundamental, conforme previsto na meta 5 do Plano Nacional de Educação (PNE); além de garantir a recomposição das aprendizagens, com foco na alfabetização, de 100% das crianças matriculadas no 3º, 4º e 5º ano, tendo em vista o impacto da pandemia para esse público.
A nova política é baseada em cinco eixos: Gestão e Governança, Formação de Profissionais de Educação, Infraestrutura Física e Pedagógica, Reconhecimento de Boas Práticas e Sistemas de Avaliação. O MEC, como idealizador da política nacional, oferecerá apoio técnico e financeiro às redes de ensino, que também terão papéis e responsabilidades.
Segundo o ministro da Educação, Camilo Santana (PT), a alfabetização até segundo ano do fundamental e a recomposição das perdas de alunos durante a pandemia como prioridades do programa. “Quando uma pessoa se alfabetiza, tem chance de ter renda duas vezes maior, mais chance de conseguir trabalho e até condição de ter saúde melhor quando é alfabetizada”, disse.