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Independência dos Bancos Centrais promove desigualdade social, revela estudo do próprio Banco Mundial

(foto leonardo sá – ag senado)

Um estudo do próprio Banco Mundial mostra a relação entre autonomia de bancos centrais e a ampliação das desigualdades sociais e econômicas. Isso ocorre porque, ao se tornarem independentes do processo democrático, tendem a ser mais conservadores no uso dos juros, o que causa mais desemprego e enfraquece o poder de barganha dos trabalhadores. A informação, divulgada pelo Valor, foi comentada pelo economista Marcio Pochmann.

Ele também comenta o efeito antidemocrático da independência do Banco Central. “Amplia o poder e os instrumentos que constrangem indiretamente a política fiscal, enfraquecendo o governo na implementação de políticas redistributivas e dificultando a coordenação de políticas macro, operando descaradamente com mandatos e criando conflitos com o governo. Também incentiva a promoção da desregulamentação financeira que ao favorecer o setor bancário termina por causar a valorização dos ativos financeiros, sem evidências de que a autonomia do banco central melhora a confiança na economia”, anotou Pochmann.

E continua: “O caso da autonomia do banco central do Brasil parece servir de exemplo. Não consegue cumprir meta de inflação, prática juros reais elevados que desacelera a economia, gera desemprego e abre uma guerra com governo democrático e popular”.

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