Em pouco mais de 100 dias sob o comando do presidente Jean Paul Prates, a Petrobras registra os preços de combustíveis mais caros do país, superando em até 40 centavos os valores cobrados pelas refinarias de Mataripe e da Amazônia (Ream), as duas unidades privatizadas. Os valores praticados hoje pela estatal também estão acima do Preço de Paridade de Importação (PPI).
Segundo levantamento do Observatório Social do Petróleo (OSP), a Petrobrás está vendendo a gasolina por R$ 3,18, uma diferença de 40 centavos acima do cobrado pela Refinaria de Mataripe, na Bahia, o equivalente a 12,6%. No comparativo com a Refinaria da Amazônia (Ream), em Manaus, o preço é 26 centavos mais elevado, representando 8,2%. Já o diesel S-10 é comercializado pela estatal a R$ 3,46. O litro custa 35 centavos acima do preço de Mataripe (10%) e 19 centavos a mais que o da Refinaria da Amazônia (5,4%).
A Petrobrás comercializa a gasolina a preço mais alto do que a Acelen, gestora de Mataripe, há 36 dias e o diesel há 92 dias. E ultrapassa os valores da Ream há 22 dias para a gasolina e oito dias para o diesel. Com relação ao PPI, a estatal está vendendo a gasolina acima da paridade de importação desde 20 de abril e o diesel, desde 30 de março. Se considerarmos o período em que Prates está no comando da Petrobrás, de 27 de janeiro até agora, de acordo com dados da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), a gasolina permaneceu exatamente o valor do PPI e o diesel, 14 centavos acima.
Para o economista do OSP e do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps), Eric Gil Dantas, o PPI continua sendo o principal responsável pelos altos preços dos combustíveis. “A direção da Petrobrás mudou, mas manteve a política de preços baseada no PPI. E, na média, o presidente Jean Paul Prates vem seguindo a paridade de importação. Dessa vez, entretanto, o período em que a Petrobrás está vendendo combustíveis mais caros do que as refinarias privadas, e acima do PPI, tem sido mais longo do que o normal”, afirma.
Dantas considera que o fim do PPI é a única solução para baixar estruturalmente os preços dos combustíveis no país. “Lula prometeu na campanha eleitoral que iria mudar a política de preços da Petrobrás e, em declarações recentes, falou que isso deveria ocorrer depois de abril. Com a volta dos impostos estaduais e federais, o tema torna-se mais urgente, pois há muita pressão nos preços finais dos combustíveis, prejudicando principalmente o consumidor”, conclui. (Do Observatório Social do Petróleo)
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