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Em poucos dias, pelo menos três escândalos de corrupção da família Bolsonaro vieram à tona

(foto tânia rego – ag brasil)

Em poucos dias pipocaram várias notícias de corrupção da família Bolsonaro. As suspeitas de falcatrua atingem diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a esposa Michelle, o filho Carlos Bolsonaro e até a ex-mulher.

Num dos casos, a Polícia Federal identificou um suposto esquema de corrupção envolvendo a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cid. O novo escândalo envolvendo o núcleo do ex-presidente Jair Bolsonaro aponta desvio de verbas para pagamento de despesas pessoais da família Bolsonaro, além de sete depósitos em dinheiro vivo feitos na conta de Michelle.

Em outro caso, um laudo do Laboratório de Tecnologia de Combate à Lavagem de Dinheiro e à Corrupção, do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e Ana Cristina Siqueira Valle, a segunda mulher do ex-presidente Jair Bolsonaro, receberam R$ 476,8 mil em depósitos em dinheiro sem origem identificada desde 2005. As informações são do portal Uol.

Um terceiro escândalo, a Polícia Federal (PF) suspeita que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) possua uma conta em um banco situado na Flórida, nos Estados Unidos, de acordo com informações divulgadas pela GloboNews e confirmadas pelo Correio Braziliense, nesta segunda-feira (15).

As suspeitas sobre Michelle Bolsonaro
Como reação às suspeitas envolvendo Michelle, o Ministério Público Federal (MPF) já pediu ao Tribunal de Contas da União (TCU) a formação de uma força-tarefa para investigar o caso. Os investigadores da PF localizaram áudios trocados entre Cid e assessores do governo Bolsonaro. A orientação era para que despesas de Michelle fossem pagas em dinheiro vivo. Cid, em determinado momento, chega a demonstrar preocupação com os atos. Ele, inclusive, cita a possibilidade de comparação com esquema de rachadinhas do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, caso os atos viessem a público.

“Esses depósitos ocorreram predominantemente de forma fracionada, ou seja, o depositante ao invés de utilizar um único envelope com a quantia desejada, fracionou o valor total em dois envelopes distintos, realizando os depósitos de forma sucessiva em em curto espaço temporal”, afirma relatório da PF. A prática de realizar os depósitos de forma fracionada é comum nos casos de rachadinha. Criminosos atuam desta forma para tentar dificultar a apuração da autoridade policial.

Possíveis crimes
Os depósitos foram realizados entre março e maio de 2021. Além disso, a PF localizou uma transferência bancária em julho daquele ano diretamente da conta de Cid para Michelle. Também existem evidências de pagamentos em espécie de contas do irmão e da tia da ex-primeira-dama. Então, Cid deixa claro, em um dos áudios, que a orientação para as operações veio do próprio Bolsonaro.

Agora, autoridades investigam a origem dos recursos. A suspeita é, entre outros crimes, de peculato e corrupção passiva. Além disso, existe a possibilidade de enquadramento dos suspeitos na Lei de Organizações Criminosas. A lei extravagante dispõe sobre procedimentos processuais especiais em investigações relevantes, incluindo a colaboração premiada. (Com informações da RBA)

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