(imagem divulgação)

Em São Paulo – Comemorando seus dez anos de existência, o Festival Internacional Cinema e Transcendência chega à uma nova edição e apresentará uma programação especial e gratuita.

Serão exibidos documentários que se destacaram nas últimas edições e a Mostra Brasil Profundo, uma seleção de produções nacionais que trazem um Brasil desconhecido por muitos de nós – o sertão mitológico, poético, indígena, africano, encoberto por lendas, festejos e cordéis.

Este é o único festival de cinema no Brasil que investiga a subjetividade dos caminhos da consciência e do autodesenvolvimento através da arte cinematográfica. A outra mostra dentro do Festival Internacional Cinema e Transcendência é a Brasil Profundo, que trará um recorte único na história do evento, promovendo uma meditação sobre o “Ser e o Brasil”, por meio de filmes marcantes da nossa filmografia.

Além dos filmes, o evento em São Paulo contará com atividades culturais, como: o Recital Música Indiana em homenagem aos Beatles, com Helder Araújo (Sitar) e Renato Herédia (Violao e Voz), que acontecerá em três datas; Música Indiana com Mantras, com o indiano Sagar Karahe (tabla) e Fábio Kidesh (sitar); o Concerto: “A Mensagem De Fernando Pessoa’’ com André Luiz Oliveira (violão);e uma aula de Yoga com Mantras, com o indiano Sagar Karahe.

A idealização e curadoria do Festival são do músico e cineasta André Luiz Oliveira, com co-curadoria da produtora e diretora Carina Bini. O Banco do Brasil patrocina o projeto. (Com informações de divulgação)

PROGRAMAÇÃO CCBB SP:

5 DE ABRIL – QUARTA-FEIRA:

15h – In the Fire of Dancing Stilness (No Fogo da Imobilidade Dançante) , de Renata Keller. Alemanha/Suíça, 2020. Documentário. 110 min. Livre. É possível viver uma vida mais pacífica e criativa em nosso planeta? Numa época em que o estado do planeta coloca questões importantes: Quanto vale a vida para nós? E o que ainda consideramos sagrado? Essas perguntas inspiraram a Diretora a encontrar a mística, filósofa e ativista popular indiana Vimala Thakar (1921 – 2009). Foi um encontro que a inspirou profundamente e mudou sua vida. Quase vinte anos depois, ela pesquisa o trabalho profundo desta mulher fascinante novamente no contexto de nosso tempo e traduz seu apelo urgente para o pensamento e ações holísticas em uma obra de arte cinematográfica.

17h – Shadow of Paradise (Sombras do Paraíso), deSebastian Lange. Canadá, 2017. Documentário. 87 min. Livre. Com acesso íntimo a dois líderes da Meditação Transcendental – o icônico cineasta David Lynch e o discípulo dedicado Bobby Roth – o filme documenta a metamorfose do movimento após a morte do fundador Maharishi Mahesh Yogi. Tendo crescido dentro do movimento, o diretor Sebastian Lange aborda o assunto através de uma lente ensaística, buscando um significado pessoal em meio ao crescimento global transformador da TM.

6 DE ABRIL – QUINTA-FEIRA:

14h – Finding Joe (Encontrando Joe), de Patrick Takaya Solomon. EUA, 2011.

16h30 – Atividade cultural –  Sala de Cinema. Meditação com flauta Ancestral Ney (Sufi), com Helder Araújo.

17h – Samadhi Road, de Daniel Hey e Julio Hey. Brasil, 2021. Documentário. 90min. Livre.

7 DE ABRIL – SEXTA-FEIRA:

16h – Atividade cultural – Sala de Cinema. Recital MÚSICA INDIANA com flauta Bansuri, por Helder Araújo, em homenagem aos Beatles.

16h30 – Meeting the Beatles in India (Encontro com os Beatles na Índia), de Paul Saltzman. EUA, 2020. Documentário.82min. Livre.

8 DE ABRIL – SÁBADO:

15h – Atividade cultural – Auditório. Aula de Yoga com Mantras, com o indiano Sagar Karahe

16h – Sessão Curta: Marieta, Mãe do Mundo – Exibição do Episódio Marieta, Mãe do Mundo, da série de TV Resto de Mundo – Direção: Diego Zanotti/2022/30min/Doc/ Livre. Três meses antes de uma mudança drástica na rotina de todo o planeta, lá estávamos, no profundo Brasil, encontrando mulheres de força e fé que nos diziam sobre o destino do mundo. No último episódio da série, viajamos pela caatinga baiana para encontrar Mãe Marieta, uma das parteiras mais antigas do Brasil, com 112 anos e cerca de 3 mil partos em toda sua vida. Marieta faleceu recentemente e se tornou referência de quem vive entre os mundos. Resto de Mundo é a Série que vai em busca de respostas para perguntas do futuro.

16h40 – Atividade cultural – Auditório. Música Indiana com Mantras, com o indiano Sagar Karahe (tabla) e Fábio Kidesh (sitar)

17h30 – Mistura e Invenção, de Iza Grispum. Brasil, 2002. Documentário. 74 min. Livre. Mistura e Invenção propõe uma imersão na caleidoscópica cultura brasileira, ao mesmo tempo una e diversa; exuberante e sofrida; uma experiência singular no panorama mundial. Com imagens captadas pelo Brasil, rico material de arquivo e depoimentos de intérpretes privilegiados da literatura e da música do país, Mistura e Invenção tece a trama de uma mensagem brasileira para o futuro. 

9 DE ABRIL – DOMINGO:

16h – Sessão Curta: NO PAÍS DA POESIA POPULAR (O Folheto e o Repente e O Jornal do Sertão) SESSÃO ACESSÍVEL

  • O Folheto e o Repente (No País da Poesia Popular) – Direção: José Araripe / 2022 / Brasil / Doc/ 30 min /Livre. O escritor Bráulio Tavares apresenta o universo da xilogravura, cantoria e do cordel, fazendo uma jornada inédita pelo País da Poesia Popular. A cantoria dos violeiros repentistas é “o lado b” da Literatura de Cordel, à qual forneceu os modelos de versos e de estrofes. Os cantadores são celebrados nos folhetos através das famosas ‘Pelejas” reais ou imaginárias. A musicalidade dos violeiros se reflete na riqueza de formas das cantigas. Cordel e Cantoria nasceram juntos, crescerem lado a lado, com seus desafios heróicos e seus embates memoráveis.  
  • Jornal do Sertão (No País da Poesia Popular) – Direção: José Araripe / 2022 / Brasil / Doc/ 30 min /Livre. O escritor Bráulio Tavares apresenta o universo da xilogravura, cantoria e do cordel, fazendo uma jornada inédita pelo País da Poesia Popular. Noticiar os fatos marcantes foi, sempre, uma das principais utilidades do Cordel. Ele herdou um certo sensacionalismo e tom melodramático da imprensa popularesca da Europa dos séculos 18 e 19, com os registros de crimes bárbaros, catástrofes naturais, acontecimentos bizarros e espantosos. Além, é claro, dos principais eventos sociais e políticos do país, que os poetas explicam e interpretam para a sua plateia 

12 DE ABRIL – QUARTA-FEIRA:

15h – Sessão “O Cangaceiro, Ficção e Realidade”. Exibição dos filmes: Porta de Fogo, de Edgard Navarro (1982, 21 min); e José de Julião – Muito Além do Cangaço, Hermano Penna (2016, 72min). 18 anos.

  • Porta de Fogo – Direção: Edgard Navarro / 1982 / 21 min / Ficção/18 anos. À luz da literatura de cordel, o filme inventa encontro entre Lamarca e Lampião, numa celebração entre dois homens em delírio no transe final. O sol de parte, a terra trema, o visível se nega e a última batalha não se trava, metáfora de transcendência: uma fenda se abre no céu, entre dois mundos. 
  • José de Julião – Muito além do Cangaço – Direção: Hermanno Penna / 2016 / 72 min / Doc/12 anos. Zé de Julião era um homem complexo. Sendo um jovem muito rico, ele decidiu se tornar cangaceiro aos 30 anos, e logo após se tornou um grande empreiteiro e líder político respeitado em Sergipe. Por conta de suas posições e opiniões incisivas, entrou em confronto com diversos coronéis da região, o que colocou um ponto final em sua trajetória 

17h – Dominguinhos, de Mariana Aydar, Eduardo Nazarian e Joaquim Castro. Brasil, 2014. Documentário. 84 min. Livre. A vida e a obra de Dominguinhos (1941-2013), um dos maiores mestres da música brasileira, intercalando imagens de arquivo e passagens de shows, com encontros musicais exclusivos. O filme tem a participação de artistas renomados, parceiros da vida de Dominguinhos, como Gilberto Gil, Gal Costa, Hermeto Pascoal, Nara Leão, Djavan, Luiz Gonzaga, Yamandu Costa e Hamilton de Holanda, entre outros. Um retrato do sanfoneiro, cantor e compositor e uma homenagem ao autor de sucessos como “Eu Só Quero um Xodó”, “Gostoso Demais”, “De Volta Pro Aconchego” e “Lamento Sertanejo”.

13 DE ABRIL – QUINTA-FEIRA

15h – Homenagem a Geraldo Sarno: Sessão de Curtas “O Caboclo e o Brasil Profundo”. Exibição de filmes dirigidos pelo cineasta: Vitalino (1967/69, 9min); Padre Cícero (1972, 10min); Jornal do Sertão (1967, 13min); e É Dois de Julho, de André Luiz Oliveira (1979, 12 min). Livre.

  • Vitalino – Direção: Geraldo Sarno / 1967- 1969/ 9 min / Doc/12 anos. Este curta-metragem documenta o trabalho de criação manual de uma estatueta em barro do cangaceiro Lampião, feita em Caruaru, Pernambuco, pelo artesão Manuel Vitalino dos Santos, filho de Mestre Vitalino, célebre artesão do Nordeste brasileiro. Em contraste com a crise das formas tradicionais de produção do artesanato popular, o mito de Lampião sobrevive no trabalho criativo e artesanal de Vitalino, assim como nos versos improvisados do cantador Severino Pinto. 
  • Padre Cícero – Direção: Geraldo Sarno / 1972/ 10 min / Doc /Livre. Este curta-metragem sobre padre Cícero Romão Baptista (1844-1934), histórico líder religioso e político do Vale do Cariri, Ceará, contrapõe imagens da região no final da década de 1960 com imagens filmadas por Alexandre Wulfes em 1925, que mostram padre Cícero sendo aclamado em Juazeiro do Norte. 
  • Jornal do Sertão – Direção: Geraldo Sarno / 1967 / 13 min / Doc /Livre. Criada nos improvisos dos cantadores ou escrita para ser cantada nas feiras e fazendas, a literatura popular em versos é o jornal mais lido do sertão. Este curta-metragem documenta essa literatura cantada nas feiras de Caruaru, Campina Grande, Juazeiro do Norte e Crato. Desse modo, o filme revela a força cultural da literatura popular em versos como expressão do pensamento e da cultura do sertão. 
  • É 2 de Julho – Direção: André Luiz Oliveira / 1979 / 12 min / Doc /Livre. Curta que mostra a grande festa cívica baiana do “Caboclo e da Cabocla” que comemora a guerra de independência do Brasil na Bahia com a expulsão definitiva dos portugueses. Filmado em 1979, sua cópia “perdida” foi resgatada recentemente e terá exibição inédita nesta edição do Festival. 

16h30 – Homenagem a Geraldo Sarno: Sertânia. Brasil, 2020. 97 min. Ficção.12 anos. Último filme dirigido por Sarno. Antão é ferido, preso e morto quando o bando de Jesuíno invade a cidade de Sertânia. A mente febril e delirante de Antão rememora todos os acontecimentos.

14 DE ABRIL – SEXTA-FEIRA:

14h – Agostinho da Silva – Um pensamento vivo – Direção: João Rodrigo Mattos / 2006 / 95 min / Doc/Livre. Marcado pelo gosto do paradoxo, pela independência e inconformismo das ideias e por invulgares dons de comunicação oral e escrita, a figura ímpar de Agostinho da Silva desenha-se num singular misto de sábio, visionário e homem comum, no qual o pensamento e a vida se confundem. Este filme, percorre o trajecto biográfico, a vida e a obra deste grande pensador e humanista luso-brasileiro.

16h45 – Atividade cultural – Sala de cinema. Concerto: “A MENSAGEM DE FERNANDO PESSOA’’ com André Luiz Oliveira (violão) seguido de bate-papo sobre os bastidores do processo criativo, com os diretores do filme MITO E MÚSICA – André Luiz Oliveira e Rama de Oliveira.

17h45 – Mito e Música- a Mensagem de Fernando Pessoa, de Rama de Oliveira e André Luiz Oliveira. Brasil, 2018. Documentário. 92 min. Livre. O grande poeta português Fernando Pessoa passou 22 anos da sua vida (de 1912 a 1934) escrevendo, entre outros textos, os 44 poemas da “Mensagem”, único livro que publicou em vida. André Luiz Oliveira levou 30 anos (de 1985 a 2015) para concluir a gravação das 44 músicas de cada poema do livro.

15 DE ABRIL – SÁBADO:

13h – José de Julião – Muito Além do Cangaço, Hermanno Penna (2016, 72min). 18 anos. (Homenagem Hermano Penna)

14h30 – Nhô Caboclo e o Elo Perdido, de Hermanno Penna. Brasil, 2002. Documentário. 55 min. Livre. (Homenagem Hermano Penna). Por meio da obra do artista plástico Nhô Caboclo, o documentário investiga o encontro entre negros e indígenas. Para isso, ele embarca em uma viagem pelas diferentes manifestações culturais nascidas nas matas, nas aldeias e quilombos, longe dos olhos dos brancos, intercalando os depoimentos de historiadores, pajés, pais de santo, pessoas que conviveram com o artista Manuel Fontoura, antropólogos como Joel Rufino dos Santos, Lélia Coelho Frota, Olympio Serra, Renato Athias, Ordep Serra e Muniz Sodré.

15h30 – Atividade cultural – Sala de Cinema. Bate-papo com o diretor Hermanno Penna e o curador do Festival, André Luiz Oliveira

16 DE ABRIL – DOMINGO:

14h30 – Cavalgada à Pedra do Reino: Missão e festa de Ariano Suassuna – Direção: Inez Viana / 2022 / 23 min / Doc/Livre. O curta que faz um recorte inédito da festa popular “Cavalgada à Pedra do Reino”, e conta com depoimentos raros de Ariano Suassuna que explica como a história de seu livro estimulou a existência desta festa popular.

16h – O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro, de Glauber Rocha. Brasil, 1969. Ficção. 95 min. 14 anos. Antônio das Mortes é um antigo matador de cangaceiros que é contratado por um coronel para matar um beato agitador. Ele confronta sua vítima, mas decide poupar sua vida. Mais tarde, ele resolve apoiar a causa do povo contra os desmandos do coronel.

Serviço:

Local: Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo

Período: 29 de março a 16 de abril

Ingressos: Gratuitos em bb.com.br/cultura e bilheteria do CCBB

Endereço: Rua Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico, São Paulo – SP

Funcionamento: Aberto todos os dias, das 9h às 20h, exceto às terças

Entrada acessível: Pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida e outras pessoas que necessitem da rampa de acesso podem utilizar a porta lateral localizada à esquerda da entrada principal.

Informações: (11) 4297-0600

Estacionamento: O CCBB possui estacionamento conveniado na Rua da Consolação, 228 (R$ 14 pelo período de 6 horas – necessário validar o ticket na bilheteria do CCBB). O traslado pela van do CCBB é gratuito para o trajeto de ida e volta ao estacionamento e funciona das 12h às 21h.

Transporte público: O Centro Cultural Banco do Brasil fica a 5 minutos da estação São Bento do Metrô. Pesquise linhas de ônibus com embarque e desembarque nas Ruas Líbero Badaró e Boa Vista.

Táxi ou Aplicativo: Desembarque na Praça do Patriarca e siga a pé pela Rua da Quitanda até o CCBB (200 m).

Van: Ida e volta gratuita, saindo da Rua da Consolação, 228. No trajeto de volta, há também uma parada no metrô República. Das 12h às 21h.