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Pesquisadores de universidade pública criam película plástica biodegradável para uso em embalagem

Pesquisadores brasileiros de universidade pública, franceses e da Embrapa (empresa pública) criaram uma película plástica biodegradável com grande potencial para ser usada na embalagem de alimentos. Os pesquisadores incorporaram nanocristais de celulose, modificados com resina de pinus, à estrutura fraca da gelatina para reforçá-la e produzir um filme resistente.

Liliane Leite (foto anielle ranulf)

O resultado é uma película biodegradável, antimicrobiana e com propriedades antioxidantes. Ela pode ser usada na indústria para embalar alimentos. A preparação do material por laminação contínua, formando um rolo, é uma técnica com potencial de aplicação na indústria, de baixo custo e alta produtividade. Ela permite o uso de soluções ou dispersões à base de água, sem a necessidade de empregar aditivos de processamento.

Segundo informações da Embrapa, o trabalho envolveu pesquisadores da Embrapa Instrumentação (SP), da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da Universidade de Grenoble Alpes (UGA), França.

O filme produzido é transparente e incolor – características importantes no comércio porque permitem ao consumidor visualizar o conteúdo e a qualidade do produto. O produto também é considerado seguro, estável, ecologicamente correto, eficiente barreira contra óleos e lipídios, boa capacidade de formação de filme e natureza comestível.

A química Liliane Leite, do Laboratório Nacional de Nanotecnologia para o Agronegócio (LNNA), produziu e caracterizou filmes bionanocompósitos à base de gelatina em pó, com nanocristais de celulose (CNCs). A pesquisadora modificou os nanocristais de celulose, extraídos de eucalipto, com resina de pinus, um material naturalmente antimicrobiano.

Apoiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), parte do estudo foi desenvolvida na Universidade de Grenoble Alpes, na França, com a orientação do professor Julien Bras, e coorientação do pesquisador do Departamento de Engenharia de Materiais (DEMa) da UFSCar, Francys Vieira Moreira. (Com informações de Joana Silva – Embrapa)

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