O espetáculo Riobaldo, monólogo de Gilson de Barros, com direção de Amir Haddad, chega a Campinas para única apresentação na Rabeca Cultural, dia 07 de abril, quinta-feira, às 20h.

(Foto: Joca Duarte)

Adaptação da obra “Grande Sertão: Veredas”, de João Guimarães Rosa para o teatro recebeu elogiosas críticas e indicações de melhor espetáculo de 2021 no Rio de Janeiro.

A adaptação do “Grande Sertão: Veredas”, romance considerado a obra-prima do escritor mineiro João Guimarães Rosa (1908-1967) e um dos melhores da nossa literatura, é um recorte sobre os amores do ex-jagunço, que dá nome à peça, com três pessoas que determinaram sua travessia: Diadorim, Nhorinhá e Otacília. Ao rememorar sua trajetória, Riobaldo reflete sobre questões que extrapolam o sertão e que estão contidas nos conflitos das travessias do homem humano.

O personagem central do romance Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa, o ex-jagunço Riobaldo relembra seus três grandes amores: Diadorim, Nhorinhá e Otacília. O incompreendido amor homossexual por Diadorim, o amigo que lhe apresentou a vida de jagunço e lhe abriu as portas do conhecimento da natureza e do humano, levando-o ao pacto fáustico; o amor carnal e sem julgamentos pela prostituta Nhorinhá; e o amor purificador por Otacília, a esposa, que o resgatou do pacto fáustico e o converteu num ‘homem de bem’.

AMIR HADDAD – @amirhaddadreal

Li as duas primeiras páginas do ‘Grande Sertão’ várias vezes até perceber que aquela ‘língua’ tinha tudo a ver comigo. O resto da narrativa devorei em segundos, segundo minhas sensações. Aprendi a ler, aprendi a língua, lendo este romance portentoso no original. Entendi! Não era uma tradução, era um livro brasileiro, escrito na ‘língua’ brasileira.

Até hoje me orgulho de ser conterrâneo e contemporâneo de Guimarães Rosa. E tenho certeza de que qualquer leitor estrangeiro que ler o livro traduzido jamais lerá o que eu li. Assim como jamais saberei o que lê um inglês quando lê Shakespeare. Os realmente grandes são intraduzíveis.

GILSON DE BARROS – @gilsondebarrosator

Há alguns anos venho estudando a obra de Guimarães Rosa, com ênfase no livro Grande Sertão: Veredas. Interpretar Riobaldo tem sido meu trabalho e minha dedicação. A cada releitura do livro, cada temporada da peça, a cada curso que participo, vou aumentando a compreensão da obra. O objetivo é traduzir a prosa Roseana para a linguagem do teatro. Pretensioso, eu sei. Mas, não imagino outra forma de enfrentar essa obra-prima, repleta de brasilidade. Por fim, registro a honra de estar no palco com o suporte de João Guimarães Rosa, Amir Haddad, Aurélio de Simoni e todos os colegas envolvidos nessa montagem. Evoé!

“…Riobaldo é teatro na veia, um Guimarães pocket, algo de novo na dramaturgia nacional; sem adereços, sem cenografia e sem figurinos, mas com uma luz abrasiva pilotada pelo experiente Aurélio de Simoni.

Em cena, Gilson de Barros administra o tempo e o espaço como se fosse um demiurgo regendo o sol do sertão, uma espécie de deus onisciente que acompanha com ternura passo a passo as andanças de suas criaturas lá embaixo, nas veredas de um mundo lancinante e despreparado para conceber uma lógica formal do cotidiano…” (Furio Lonza)

FICHA TÉCNICA

A partir do livro Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa

Adaptação e atuação: Gilson de Barros

Direção: Amir Haddad

Cenário e figurinos: Karlla de Luca

Riobaldo

Gilson de Barros

07 de abril de 2022, quinta-feira

16h – Leitura do Caso Maria Mutema de João Guimarães Rosa (contribuição voluntária)

20h – Espetáculo Riobaldo (Monólogo, 65 min)

R$ 30,00 ingressos antecipados até dia 06/04 pelo whatsapp 19 997206186

R$ 40,00 na portaria dia 07/04

Rabeca Cultural

Av. Dona Maria Franco Salgado, 250, Sousas, Campinas.

Presencial acima de 16 anos

Sugerimos o uso de máscaras para a proteção de todos

Aceita cartões de débito

Serviço de bar da Rabeca Cultural

Mais informações pelo Whatsapp 19 997206186

(Carta Campinas com informações de divulgação)