Em São Paulo – A partir do grupo de pesquisa A fotografia e a Semana de Arte Moderna, formado por 11 pessoas sob a coordenação do fotógrafo e pesquisador Guilherme Tosetto, reunidas pelo museu Casa Guilherme de Almeida, nasce A exposição de fotografia que não aconteceu na Semana de 22, que permanece em cartaz até o final de 2022 na área externa do museu. Com entrada gratuita, o período de visitação funcionará de terça a domingo, das 10h às 18h.

Montagem da revista Careta, 1926, edição 0922 (Foto: reprodução – revista Careta)

Para conhecer os registros fotográficos realizados durante os anos 1920, inclusive os que retratam o Modernismo e seus protagonistas, o público deve fazer um agendamento prévio pelo site do museu, onde também estão informados os protocolos de biossegurança que devem ser seguidos. A instituição poderá receber grupos com até 20 visitantes por hora.

Diversos painéis integram a exposição que ficará no deck, área externa da Casa Guilherme de Almeida, integrante da Rede de Museus-Casas Literários de São Paulo, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo e gerenciada pela Poiesis.

Embora a fotografia circulasse entre os modernistas, geralmente marcada pela falta de identificação da autoria, a exposição mostrará que essas imagens já apareciam nas páginas da imprensa e começavam a fazer parte do imaginário por meio da publicidade de serviços fotográficos.

A partir de reflexões e de um amplo levantamento histórico, foram propostas três linhas de investigação adotadas para a exposição. O primeiro núcleo conta com imagens colecionadas por expoentes da Semana de 1922, como Heitor Villa-Lobos e Lasar Segall, este que utilizava os próprios registros fotográficos como referência para as obras que desenvolvia e no convívio com os demais modernistas. Esse núcleo também terá parte das fotografias experimentais produzidas por Mário de Andrade a partir de 1927, quando ele fez as viagens etnográficas pelo Norte e Nordeste do Brasil e, assim, colaborou no trato técnico das imagens e no olhar moderno que ecoa em suas fotos. Fotografias documentais, como a construção do edifício Martinelli em São Paulo e o desmonte do Morro do Castelo no Rio de Janeiro completam a primeira parte da exposição.

O segundo núcleo contempla o uso das fotos nas revistas ilustradas como A Cigarra, Fon-fon e Careta, que, no início do século XX, destacavam a fotografia e usavam o recurso de montagem e recortes. O terceiro núcleo reúne anúncios publicitários na imprensa dos anos 1920, época da entrada da Kodak no Brasil, que divulgava os modelos e acessórios fotográficos como forma de estimular os leitores a terem uma câmera como companheira no dia a dia.

O grupo de pesquisa que preparou o material da exposição é formado por fotógrafos, historiadores e artistas visuais dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Sob a orientação do curador Guilherme Tosetto, doutor em Fotografia pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, especialista em Fotografia pela Universidade Estadual de Londrina e coordenador do bacharelado e da Pós-Graduação em Fotografia do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, o grupo trabalhou para identificar como era a prática da fotografia na década de 1920. A investigação — feita em acervos, bibliotecas e coleções brasileiras – analisou a presença e a ausência de registros fotográficos dessa época.

O grupo pesquisou, presencialmente, em diferentes locais: MIS-RJ, IEB-USP, Museu Lasar Segall, Museu Paulista, Arquivo Público do Estado de São Paulo e Museu Mariano Procópio (em Juiz de Fora). A exposição deixará transparecer que ainda há muito a ser reconhecido na história da fotografia brasileira do começo do século XX.

Atenção: para entrar no museu é obrigatória a apresentação do comprovante de vacinação contra Covid-19, com pelo menos duas doses, seguindo o Decreto 60.989 estabelecido em 06/01 pela Prefeitura do Município de São Paulo.

A EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIA QUE NÃO ACONTECEU NA SEMANA DE 22

Com Guilherme Tosetto e o grupo de pesquisa A fotografia e a Semana de Arte Moderna

Período para visitação: até o final de 2022 -terça a domingo, das 10h às 18h

Visitas devem ser agendadas — clique aqui
Até 20 visitantes por hora | Grátis

Casa Guilherme de Almeida

MUSEU – R. Macapá, 187 – Perdizes | CEP 01251-080 | São Paulo
ANEXO – Rua Cardoso de Almeida, 1943 — Sumaré, São Paulo/SP
Acessibilidade: rampa de acesso, elevador, piso podotátil e banheiro adaptado; videoguia em Libras e réplicas táteis.
Programação gratuita

Tel.: 11 3673-1883 | 3803-8525 | 3672-1391 | 3868-4128

Agende sua visita para as exposições e confira as medidas de segurança para se proteger da Covid-19 pelo site.

Funcionamento: terça a domingo, das 10h às 18h

Algumas atividades seguem em formato virtual e outras híbridas. Acesse a programação no site do museu ou no hotsite +Cultura.

(Carta Campinas com informações de divulgação)