Não é 7 x 1. É 20 x 1. Essa é a previsão de goleada que o crescimento econômico da Venezuela deve dar no Brasil em 2022. Um relatório de um dos principais bancos do mundo, o Credit Suisse previu que o crescimento real do PIB da Venezuela será de 20% em 2022. A instituição financeira europeia também previu que no ano seguinte, em 2023, o PIB real da Venezuela aumentará mais 8%.
Já o Brasil controlado pelo Centrão e com sorte terá crescimento de 1,1% este ano, segundo o boletim do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Para 2023, a previsão é de crescimento do PIB em 1,7%.
A previsão de crescimento da Venezuela ocorre apesar de um bloqueio ilegal dos EUA, que deixou o governo venezuelano sem receita, bloqueou o sistema financeiro internacional e alimentou uma crise econômica.
O principal especialista das Nações Unidas em sanções estimou que o governo venezuelano perdeu 99% de sua receita devido às medidas coercitivas unilaterais ocidentais, que são ilegais sob o direito internacional. As sanções unilaterais cada vez mais impostas pelos Estados Unidos, União Europeia e outros países exacerbaram a [crise econômica]”, afirmou Alena Douhan, relatora especial da ONU sobre o impacto negativo de medidas coercitivas unilaterais para os direitos humanos, após visitar a Venezuela em fevereiro de 2021.
No Brasil, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) manteve a previsão de crescimento de 1,1% para a economia brasileira neste ano, mesmo sem qualquer bloqueio dos EUA e União Europeia. O boletim Visão Geral da Conjuntura, divulgado no final de março, traz mudanças na composição setorial do crescimento. O setor de serviços teve revisão para cima na previsão de crescimento, que passou de 1,3% para 1,8%.
Segundo o boletim, essa mudança para cima nos serviços é um otimismo que decorre da evolução desse setor com a expectativa de redução gradual dos efeitos da crise sanitária da Covid-19 sobre a mobilidade urbana e as atividades econômicas. De acordo com o Ipea, a recuperação do setor deverá sustentar o bom desempenho dos indicadores de emprego, gerando um efeito positivo na procura por serviços dentro do país.
Com isso, para 2023, a previsão é de crescimento do PIB em 1,7%. Nesse cenário, o Ipea considerou que a taxa de juros (Selic), que hoje está em 11,75%, deverá ser gradualmente reduzida a partir do início de 2023 e fechar o ano em torno de 9%. (Com informações do multipolarista)