.Por Susiana Drapeau.
A frase do deputado paulista Arthur do Val (Podemos), de que as ucrânianas são ‘fáceis por que pobres’ explica muito da prostituição infantil e juvenil nas sociedades desiguais do capitalismo contemporâneo. Assim como também explica o trabalho infantil.
Os reacionários e conservadores, que defendem a desigualdade social com unhas e dentes, dizem que tudo se resolve por uma questão moral. Uma explicação fácil e falsa sobre o ser humano, que esconde todas as circunstâncias de vida das pessoas.
É a desigualdade social e econômica que produz a prostituição infantil. Crianças e adolescentes fragilizados pela pobreza são presas fáceis para os abusos sexuais. Praticamente não existe prostituição infantil em sociedades mais igualitárias nem em bairros de classe alta. A prostituição infantil é uma doença do capitalismo, da exclusão, do abandono e da desigualdade social.
Todas as pessoas que impedem o combate à desigualdade social são na realidade promotores da prostituição infantil, da violência sexual. Outro dia a emissora Band fez uma reportagem sobre o mercado dos super-ricos, como exemplo uma bolsa feminina que custa o preço de um carro. Ao final da reportagem, a emissora pediu, via comentarista, para não importunar os super-ricos (ou seja, não taxá-los), que “são importante para a economia”. São importantes também para a economia da prostituição.
O ser humano é pressionado pelas circunstâncias ambientais de forma avassaladora. Assim como um ditador se sente forte e capaz de tudo para se manter no poder porque tem um exército na retaguarda, uma pessoa pobre, sem recursos financeiros, também pode se sentir incapaz e sem valor. Isso é próprio do ser humano.
A promoção da igualdade social e da dignidade humana são fundamentais para que os pobres não sejam alvos fáceis dos moralistas e dos abusadores.
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