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Espetáculo ‘Altamira 2042’ denuncia a destruição na bacia do Rio Xingu, amplificando vozes e sons em uma mitologia performática

Em São Paulo – Até o dia 17 de abril, o espetáculo Altamira 2042 cumpre temporada no Sesc Avenida Paulista. As apresentações acontecem às quartas, quintas, sextas e sábados, às 21h, domingos, às 18h – nos dias 30 de março e 15 de abril não haverá sessão; no dia 07 de abril haverá o recurso de audiodescrição. 

(Foto: ©2019 Nereu Jr)

Altamira 2042 é uma instauração sonora composta por caixas de som que amplificam testemunhos diversos sobre a catástrofe causada pela hidrelétrica de Belo Monte, que está em construção desde 2011, e afeta toda a bacia do Rio Xingu e seus arredores.

Quando apresentou a performance Altamira 2042, durante a Mostra Internacional de São Paulo (MITsp) em 2019, a artista Gabriela Carneiro da Cunha reproduzia, por meio de aparatos de som e luz, os sons do rio Xingu, na bacia amazônica. As apresentações – segunda etapa do projeto de pesquisa Margens – Sobre Rios, Buiúnas e Vaga-lumes – foram o resultado do trabalho de encontro de artistas com comunidades locais, que resultou em uma série de performances teatrais criadas a partir do testemunho de rios brasileiros e das pessoas que vivem em suas margens. 

Nesta nova temporada, Gabriela tem a expectativa de que as falas daqueles que estão em Altamira sejam ouvidas, principalmente daquelas pessoas que criaram Altamira 2042, que são os “tramaturgos”, como Raimunda Gomes da Silva, João Pereira da Silva, Antonia Mello, Eliane Brum, Bel Juruna, Marcelo Salazar entre outras pessoas.

Margens sobre Rios, Buiúnas e Vaga-lumes é um projeto de pesquisa em arte que se dedica, desde 2013, a ouvir e ampliar o testemunho de rios brasileiros em catástrofe. Este projeto foi concebido como uma resposta ao conceito de “Antropoceno”, definido pela jornalista Eliane Brum como “o momento em que o homem deixa de temer a catástrofe para se tornar a própria catástrofe”.

Antes da temporada paulistana, Altamira 2042 foi apresentada aos europeus em setembro de 2021. As apresentações em terras estrangeiras chamaram a atenção para a situação preocupante em que está o meio ambiente no Brasil – em especial a bacia do Rio Xingu – e encontrar com grupos estrangeiros de defesa ao meio ambiente, amplificar essas vozes, criar outras conexões e fortalecer a luta. 

Na instalação sonora, entremeada por relatos de habitantes ribeirinhos e indígenas, é possível ter acesso a impressões, dizeres, sons e experiências daqueles que estão ali. Com caixas de som tais quais as presentes em muitas festas de aparelhagem (típicas daquela região), Altamira 2042 traz para o público as múltiplas formas de vida daquele lugar e a dimensão da destruição em curso.  

Ficha Técnica

Concepção, criação e direção: Gabriela Carneiro da Cunha e Rio Xingu

Interlocução de direção: Cibele Forjaz

Diretor assistente: João Marcelo Iglesias

Assistente de direção: Clara Mor e Jimmy Wong

Orientação da pesquisa e interlocução artística: Dinah de Oliveira e Sonia Sobral

“Tramaturgia”: Raimunda Gomes Da Silva, João Pereira da Silva, Povos Indígenas Araweté e Juruna, Bel Juruna, Eliane Brum, Antonia Mello, Mc Rodrigo – Poeta Marginal, Mc Fernando, Thaís Santi, Thaís Mantovanelli, Marcelo Salazar e Lariza

Tecnologia / Programação / Automação: Bruno Carneiro

Criação multimídia: Bruno Carneiro e Rafael Frazão

Imagens: Eryk Rocha, Gabriela Carneiro da Cunha, João Marcelo Iglesias, Clara Mor e Cibele Forjaz

Montagem de vídeo: João Marcelo Iglesias, Rafael Frazão e Gabriela Carneiro da Cunha

Montagem textual: Gabriela Carneiro da Cunha e João Marcelo Iglesias

Desenho sonoro: Felipe Storino e Bruno Carneiro

Figurinos: Carla Ferraz

Iluminação: Cibele Forjaz

Concepção instalativa: Carla Ferraz e Gabriela Carneiro da Cunha

Realização instalativa: Carla Ferraz, Cabeção e Ciro Schou

Design visual: Rodrigo Barja

Trabalho corporal: Paulo Mantuano e Mafalda Pequenino

Pesquisadores: Gabriela Carneiro da Cunha, João Marcelo Iglesias, Cibele Forjaz, Clara Mor, Dinah de Oliveira, Eliane Brum, Sonia Sobral, Mafalda Pequenino e Eryk Rocha

Diretora de produção: Gabriela Gonçalves

Co-produção: FarOFFa e MITsp – Festival Internacional de Teatro de São Paulo

Produção: Corpo Rastreado e Aruac Filmes

Distribuição internacional: Judith Martin / Ligne Direct

Fotografias: Nereu Jr., Clara Mor e Rafael Frazão

Teaser: Renato Vallone e Rafael Frazão

Teatro | Altamira 2042 

Quando: 25 de março a 17 de abril de 2022. Quartas, quintas, sextas e sábados, às 21h, domingos, às 18h. 

* Não haverá sessão nos dias 30 de março, quarta, e 15 de abril, sexta. 

** A sessão do dia 07 de abril, quinta, terá o recurso de audiodescrição.

Classificação: 16 anos. 

Onde: Arte II – 13° andar. 

Duração: 90 minutos. 

Capacidade: 50 lugares. 

Ingressos: R$30,00 (inteira) e R$15,00 (Credencial plena: trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes. Meia: estudante, servidor de escola pública, + 60 anos, aposentados e pessoas com deficiência). 

Venda limitada a dois ingressos por pessoa, a partir de 15 de março, às 14h, no Portal Sesc São Paulo, e 16 de março, a partir das 17h, nas bilheterias das unidades do Sesc São Paulo. 

Horário de funcionamento da unidade:  

Terça a sexta, das 10h às 21h30.  

Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h30.  

É necessário apresentar comprovante de vacinação contra COVID-19. Crianças de 5 a 11 anos devem apresentar o comprovante evidenciando uma dose,

pessoas a partir de 12 anos, das duas doses (ou dose única), além de documento com foto para ingressar nas unidades do Sesc no estado de São Paulo.  

Horário de funcionamento da bilheteria:  

Terça a sexta, das 10h às 21h30.  

Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h30  

(Carta Campinas com informações de divulgação)

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