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Em 2022, a indústria brasileira começa devagar

(foto daniel steelman – pd – ccl)

2022 começou com o freio de mão puxado quando o assunto é a indústria nacional. De acordo com os dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a produção industrial apresentou uma redução de 2,4% em janeiro deste ano se comparado ao mês anterior, tornando nulo, dessa forma, o crescimento de 2,9% visto em dezembro de 2021. Sendo que a redução foi maior que a projetada pelo mercado, que anda pouco otimista, mas que estimava uma queda de 1,9% no período.

Segundo o gerente de pesquisa, André Macedo: “Verificamos que o mês de janeiro está bem caracterizado pela perda de dinamismo e de perfil disseminado de queda, uma vez que todas as grandes categorias econômicas mostram recuo na produção, tanto na comparação com o mês anterior quanto na comparação com janeiro de 2021”. Atualmente, a indústria está em um patamar de produção 3,5% menor do que o apresentado antes do início da crise sanitária, em fevereiro de 2020.
Macedo também aponta que a expansão vista em dezembro de 2021, possivelmente está relacionada à antecipação da produção, já que janeiro é um mês em que ocorrem diversas férias coletivas e paralisações. Ele ainda relembra que o viés negativo em janeiro no setor industrial é algo visto há vários anos, não sendo uma ocorrência exclusiva de 2022.
A redução recorrente do dinamismo na indústria tem sido uma preocupação constante no Brasil, já que o nicho é um dos principais empregadores de mão de obra qualificada no país, além de disponibilizar salários elevados. Dessa forma, uma desaceleração desse setor representa um impacto enorme na produtividade brasileira. Por conta disso, o Governo Federal tem tomado algumas providências, como a redução do IPI, taxa que incide sobre os produtos industrializados. Contudo, em um ano eleitoral, essa medida parece um tanto populista, já que a redução no preço de produtos industrializados pode beneficiar a imagem do presidente Jair Bolsonaro.

Outros setores podem impulsionar a economia nacional

O Brasil tem passado dificuldades econômicas que advém de muito antes dos impactos causados pela crise sanitária. Com isso, tem-se buscado cada vez mais alternativas para o impulsionamento da economia nacional. Em fevereiro deste ano, foi aprovado na Câmara dos Deputados, o PL 442/91, que em seu texto prevê a regulamentação dos jogos de azar no país.
A proposta ainda será votada no Senado, mas a expectativa com a regulamentação dos jogos é de que o setor fomente a geração de empregos, arrecadação de impostos e impulsione o turismo nacional, além de atrair mais investimentos para o país.
Atualmente, o Brasil já é um dos países mais promissores do mundo quando o assunto é a jogatina, sendo que desde 2018, quando as plataformas online de cassinos e apostas esportivas desembarcaram no país, o setor tem feito um sucesso tremendo. Em parte, essa popularidade se deve às promoções disponibilizadas por operadoras, que contam com os cassinos com rodadas grátis, onde os usuários podem se divertir por horas a fio sem precisar gastar seu dinheiro. Sendo esta uma ótima oportunidade para o jogador conhecer diferentes títulos ou testar suas habilidades sem precisar pôr as mãos no bolso.

Recrudescimento geral

Em comparação a dezembro do ano passado, 20 das 26 atividades industriais pesquisadas pelo IBGE demonstraram uma redução na sua produção. De acordo com Macedo, a produção industrial tem sido bastante afetada pela desarticulação causada pela crise sanitária, que causou o aumento nos custos de produção, assim como dificultou a obtenção de diversos insumos e matéria prima, impactando diretamente na produção do bem final. Ademais, os juros e a inflação estão em constante crescimento, e o número elevado de desempregados também justifica o comportamento negativo do setor.
Dentre os setores industriais que tiveram uma maior redução se destaca o segmento dos veículos automotores que, segundo Macedo, tem tido extrema dificuldade na aquisição de insumos importantes. Enquanto isso, o setor extrativo sofreu uma forte redução devido às chuvas constantes em Minas Gerais, que afetou drasticamente a extração de minério de ferro.

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