Em São Paulo – De 25 de fevereiro a 5 de junho, poderá ser vista no MASP – Museu de Arte de São Paulo, a exposição “Volpi popular”.

Volpi popular, com curadoria de Adriano Pedrosa, diretor artístico, MASP, e Tomás Toledo, curador-chefe, MASP, é a terceira de uma série de exposições que o MASP organiza em torno de artistas modernistas brasileiros canônicos do século 20 que empregam referências populares ou vernaculares em seus trabalhos. Em 2016, o MASP organizou Portinari popular e, em 2019, Tarsila popular

Alfredo Volpi / Fachada com bandeiras, 1959 / Acervo MASP / Doação Ernest Wolf, 1990

Alfredo Volpi (Luca, Itália, 1896 – São Paulo, Brasil, 1988) é um artista central da arte brasileira do século 20 e sua pintura é caracterizada por um repertório único de experiências e influências que mesclam tradições modernas e populares, incluindo interesses como: o trabalho artesanal, as festas populares, os temas religiosos e as fachadas da arquitetura colonial e vernacular brasileira. 

Nascido na Itália, de família de origem trabalhadora, o artista migrou ainda criança para São Paulo e sua produção inicial era voltada para paisagens urbanas e rurais, distantes do estilo que marcaria sua obra. Na década de 1950, Volpi começou a sintetizar suas composições, tornando sua figuração cada vez mais geometrizada, com padrões, formas e temas recorrentes – como suas famosas bandeirinhas, mastros, faixas, fachadas e ogivas – que desenvolveu até o final de sua carreira. 

Assim, a sua obra passou a ganhar as características formais que tanto o tornaram conhecido, com a sua pintura de espaços planificados, com campos cromáticos bem definidos, mas com contornos irregulares, marcados pelo uso sensível e sutil da cor, e pela textura áspera da sua têmpera. 

Nesse sentido, a mostra de caráter panorâmico abrangerá diversos períodos da carreira do artista e contará com cerca de 100 pinturas. A exposição será organizada em torno do contínuo interesse de Volpi pelos temas do imaginário popular brasileiro e será estruturada em seções temáticas, como paisagens do campo e do mar; fachadas; bandeiras e mastros; representações religiosas; festas populares; e retratos.

Alfredo Volpi, Bandeiras brancas e verdes, Sem data, acervo do MASP (Imagem: MASP)

Acompanhando a mostra, será publicado o mais amplo catálogo sobre o artista num único volume, com ilustrações de todas as obras exibidas e mais. O livro conta com textos escritos especialmente para a ocasião por Adele Nelson, Antonio Brasil Jr., Aracy Amaral, Kaira Cabañas, Nathaniel Wolfson, Sônia Salzstein e Tomás Toledo, uma nota biográfica escrita por Matheus de Andrade, e duas entrevistas históricas com o artista feitas por Mario Pedrosa e Walmir Ayala. A publicação em capa dura conta com design de Paulo Tinoco, do Estúdio Campo, duas edições separadas na língua portuguesa e inglesa, e distribuição internacional.

Mais informações e compra de ingressos no SITE do MASP.

(Carta Campinas com informações de divulgação)