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Fim do Superplano de Saúde dos deputados deveria ser prioridade para defender o SUS

A cultura do privilégio (espécie de corrupção legalizada) fez com que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) assinasse neste ano de 2021 um reajuste de 170% no limite do valor do reembolso a que os deputados federais têm direito por despesas médicas.

(imagem confed. nac. dos munic – div)

O valor, que passou de R$ 50 mil para R$ 135 mil por despesa. Esse dinheiro refere-se a gastos por fora do plano de saúde de primeira linha com cobertura nacional provido pela Câmara a que os deputados e seus familiares tem direito, o Pró-Saúde.

Essa é um dos privilégios mais insanos do Brasil. O deputado, eleito para defender o interesse público, usa recursos públicos para pagar saúde privada em benefício próprio e de familiares. Além do plano de saúde, tem cota de reembolso que pode ser transformada facilmente em corrupção, se qualquer deputado intencionalmente falsificar um atendimento ou procedimento médico.

No ano de 2021, o superplano de saúde dos deputados custou aos brasileiros R$ 363,7 milhões, a maior despesa da Câmara dos Deputados. O brasileiro que usa o Sistema Único de Saúde (SUS) pagou para que o seu representante tivesse o melhor plano de saúde privado. É algo estúpido, mas aceito dentro da cultura enraizada de castas privilegiadas.

Além disso, também existe o Departamento Médico da Câmara, com médicos e profissionais de saúde para consultas gerais e emergências, exames e até pequenos procedimentos cirúrgicos, sem custo. É um SUS exclusivo!

A Saúde Pública no Brasil só vai melhorar quando os deputados e vereadores forem obrigados a usar o Sistema Único de Saúde, como condição ética e moral inalienável para ser representante da população. Fora isso, esquece.

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