O agronegócio brasileiro já começa a ficar assustado com o fechamento de portas internacionais para o mercado brasileiro. No mundo dos negócios agropecuários internacionais, as medidas sanitárias são muitas vezes uma forma negociar preços, mas também forçar acordos e, principalmente, de dizer que as relações não estão boas.
E o agronegócio brasileiro já está sentindo o prejuízo causado pelas péssimas relações internacionais do governo negacionista e de extrema direita de Jair Bolsonaro. Os problemas começaram com o embargo da China à importação da carne bovina brasileira, devido ao aparecimento de dois casos de vaca louca em frigoríficos de Minas Gerais. Segundo especialistas, haverá grandes prejuízos com a manutenção do embargo. O preço da arroba do boi, por conta da suspensão das vendas, já caiu de R$ 315,00 para R$ 265,00. Apesar de tudo aparentemente ok, a China mantém o embargo.
Nos Estados Unidos, há até um projeto, de um senador ligado ao setor de carne, pela paralisação das importações da carne brasileira. Seria mais um tombo. O movimento de setores econômicos desses países ganha força com a incapacidade e incompetência da diplomacia do governo Bolsonaro e com a destruição ambiental promovida.
Há também propostas na União Europeia para restringir a importação de produtos agropecuários brasileiros, por causa dos problemas ambientais. Desde que Bolsonaro assumiu, o governo tem combatido não o desmatamento, mas a fiscalização, permitindo que péssimos empresários, garimpeiros e madeireiros ilegais ampliem a destruição da Amazônia. A poluição em algumas cidades da região provoca também custos altos para a saúde pública.
Sem conseguir enxergar o dano internacional causado por um governo negacionista de extrema direita, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), Fábio de Salles Meirelles, escreveu artigo falando em a “onda de ataques internacionais e conspiração contra a agropecuária brasileira”. É difícil.