Judiciário é tão violento que prefere jogar crianças na rua a indenizar proprietário de terra

O Poder Judiciário Brasileiro é tão violento, mas tão violento, que os magistrados preferem jogar crianças, adolescentes, mulheres e idosos na rua, em plena pandemia de Covid, do que indenizar um proprietário de terra.

(foto acampamento marielle vive – div)

Essa violência, que acontece reiteradamente pela Justiça, foi repetida esta semana com a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) que optou pela reintegração de posse da área Ocupada por 450 famílias do Acampamento Marielle Vive!, em Valinhos.

A decisão joga todas as famílias na rua, ajudando a promover a miséria, a desigualdade e a violência contra vulneráveis. É de uma crueldade inimaginável.

Além disso, a decisão afronta o direto fundamental à moradia e beneficia a manutenção de áreas sem função social. Uma decisão justa deveria respeitar ao menos os direitos fundamentais da própria Constituição.

E o que seria isso? Algo muito difícil?

Temos 450 famílias. Ok. Quantas têm moradia? Nenhuma, então não se pode fazer a reintegração de posse. Esse é um direito fundamental da Constituição.

Mas e o direito à propriedade? Como fica? É difícil resolver?

Não, muito simples.

Se decidisse contra a reintegração de posse, o Judiciário obrigaria o Estado a indenizar o proprietário. O Estado pode indenizar os donos se a propriedade for rigorosamente comprovada. Ninguém sai perdendo. A Justiça é feita. E o Poder Judiciário não joga crianças, adolescentes e jovens na rua para serem seduzidos pelo tráfico, pela prostituição infantil, pela violência psíquica.

(OBS: Nesse momento não aparece nenhum defensor da família!!)

Se o proprietário da terra ocupada tem dívidas tributárias, abate da indenização. E o Estado ainda quita dívidas. Depois, legaliza a ocupação e, no futuro, aumentará as receitas de impostos e serviços com a inclusão de famílias à vida social e ao trabalho.

Ao jogar famílias na rua, o Judiciário faz o oposto do que o próprio Judiciário faz quando o Estado quer construir uma rodovia em áreas de fazendas produtivas ou improdutivas. Ele faz a desapropriação e o proprietário é indenizado. E não adianta o fazendeiro reclamar. Se vale para carros, por que não vale para um cidadão brasileiro, para uma criança, para um adolescente?

Por que uma rodovia ou uma passagem para veículo é mais importante do que a vida de uma criança ou um adolescente, das famílias?

A resposta é que a decisão de jogar famílias na rua não é uma decisão de Justiça, mas uma decisão de Exercício de Poder. Ao jogar famílias na rua, o Poder Judiciário não faz Justiça, mas diz quem manda, diz como se manter a desigualdade, diz como produzir miséria por via legal.

O Poder Judiciário é um trator sobre o povo pobre brasileiro.

Recent Posts

Congresso invade competência do governo Lula e sequestra R$ 13 bilhões do orçamento

(foto fabio rodrigues pozzebom - ag brasil) O Congresso Nacional aprovou nesta quinta-feira (4) o…

4 hours ago

15º Encontro de Folias de Reis no Casarão acontece neste domingo em Barão Geraldo

(foto fabiana ribeiro - divulgação) O Centro Cultural Casarão, em Barão Geraldo, recebe neste domingo,…

5 hours ago

Espetáculo no distrito de Sousas apresenta música e dança celta

(foto divulgação) A música instrumental e vocal irlandesa e escocesa é a atração desde domingo,…

5 hours ago

‘Quando Falta o Ar’ coloca em cena relações abusivas e a resistência feminina

(foto divulgação) O monólogo “Quando Falta o Ar”, escrito, dirigido e protagonizado por Andréia Alecrim,…

5 hours ago

Mulheres Vivas: Campinas participa de mobilização nacional contra escalada de feminicídios no domingo

(foto fernando frazão - agência brasil) Neste domingo, 7 de dezembro, o Movimento Nacional Mulheres Vivas…

6 hours ago

Circuito Nova Música volta a Campinas com Paulo Miklos, Papisa, Tori, Ottopapi e a banda local Pré-Sal

(foto maria cau levy - divulgação) O Circuito Nova Música, Novos Caminhos volta a Campinas…

1 day ago