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‘Um Teto Todo Seu’, de Virgínia Wolf, inspira curta-metragem ‘Casas’, do Coletivo Cafofo

No próximo dia 22 de setembro, às 20h, estreia o curta-metragem “Casas”, realizado pelo Coletivo Cafofo e contemplado pela lei federal Aldir Blanc/Hortolândia, categoria audiovisual. 

“Casas”, curta-metragem gravado em Hortolândia e Sumaré, traz recortes da vida de cinco pessoas que refletem sobre suas experiências e sobre questões como ancestralidade, expressão de gênero e sentido de pertencimento.

(Imagem: Divulgação)

O projeto “Casas” parte da referência literária de Um Teto Todo Seu, de Virgínia Wolf, na qual a escritora coloca a necessidade de que a mulher precisa de um lugar, um espaço físico que seja respeitado e no qual possa se isolar para dar liberdade aos seus pensamentos e criar. No projeto, junta-se a essa ‘minoria’ oprimida, o gay negro, e o trans não binário. Através de uma narrativa fragmentada, acompanha-se os conflitos individuais dessas pessoas e seus questionamentos sobre temas que passam pela construção da autoimagem e autoaceitação, até o lugar no qual se sentem pertencentes, seja numa casa/corpo, casa/lar ou casa/país.

Com influência da criação de dramaturgias colaborativas trazidas da área teatral, a diretora do curta, Gisele Jorgetti, propõe aos atuantes um espaço de coconstrução para a narrativa audiovisual, numa zona de entrelaçamento entre arte e vida. Em tempos de pandemia, o espaço necessário para o processo de criação adquire uma dimensão ainda mais complexa; e é no campo virtual, através de videoconferências, que o coletivo criou seu teto, que deu passagem para a liberdade de pensar, sentir, se expressar e criar, de trazer estórias íntimas e de pessoas próximas, de modo a constituir a matéria para a criação do roteiro.

Através das relações traçadas no campo da ação entre o político e o poético, entre o ético e o estético, o roteiro explora as possibilidades para gerar novos padrões de poder de fala e de lugar no mundo. Nas cenas trazidas por Simone Rodrigues e Paola Champi, acompanha-se o processo de valorização da ancestralidade; nas cenas de Gui Campos e Paulo Zarta, as questões que envolvem um trans não binário e um gay afeminado; e nas de Gisele Jorgetti, o sentido de pertencimento. No caminhar da narrativa fragmentada, o que liga todas as estórias é a construção da concepção de si, da qual deriva a identidade de cada um e seu papel e valor no mundo.

Casas

Estreia: dia 22, às 20h

Onde: Coletivo Cafofo em Casas, no YouTube (https://bityli.com/coletivocafofoemcasas)

Após a estreia no dia 22, o coletivo fará um bate-papo ao vivo sobre o processo de criação de Casas, que será transmitido pelo mesmo canal. Todos poderão participar com perguntas através dos comentários do YouTube.

O curta ficará disponível para visualização até o dia 26, domingo.

Siga o coletivo no Instagram: @casascurtametragem

A realização do projeto Casas acontece graças à Lei Aldir Blanc n°14.017/2020, com agradecimento à Prefeitura de Hortolândia, à Secretaria de Cultura de Hortolândia, Secretaria Especial de Cultura, ao Ministério do Turismo e ao Governo Federal.

Ficha técnica:

Direção: Gisele Jorgetti

Direção de Fotografia: Paola Champi

Direção de Arte: Coletivo

Atuantes: Gui Campos, Paulo Zarta, Simone Rodrigues, Gisele Jorgetti e Paola Champi

Trilha sonora: Gui Campos e Paulo Zarta

Captação de áudio: Coletivo

Edição: Paola Champi

Ilustração/Arte: Matheus Sousa

Roteiro: Gisele Jorgetti (seleção e organização), a partir dos relatos, colaboração e interferências do coletivo.

Produção: Gisele Jorgetti

Produção executiva: Paulo Zarta

(Carta Campinas com informações de divulgação)

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