.Por Marcelo Mattos.
“Todo mundo vai ao circo, menos eu, menos eu”. (Batatinha)
Diz o ditado popular que: “a caravana (ou o circo) passa e os cães ladram”. O desfile de carros blindados das Forças Armadas promovido pelo então presidente da República no Palácio do Planalto, além do espetáculo funambulesco e grotesco, serviu somente para demonstrar a fanfarronice nefasta do Chefe da Nação e baixar ainda mais a imagem dos militares a uma tropa burlesca, histriônica e desmoralizada. Diante o canil palaciano, muita fumaça, soberba pueril e sorrelfa, tentando a “demonstração de força” de um desgoverno frágil, covarde e antidemocrático.
A tentativa de intimidação da sociedade e do Parlamento, exatamente no momento de votação da PEC 135 que regulamentaria o voto impresso é uma provocação desesperada e encenação servil, de um presidente desprezível com lampejos ditatoriais e rompantes nitidamente fascistas.
Nunca é demais lembrarmos Ulysses Magalhães ao promulgar a Constituição Federal, em 05 de outubro de 1988:
“Traidor da Constituição é traidor da pátria. Conhecemos o caminho maldito. Rasgar a Constituição, trancar as portas do parlamento, garrotear a liberdade, mandar os patriotas para a cadeia, o exílio e o cemitério”. A sociedade brasileira não se intimidará com desfiles travestidos de chicanas e, tampouco, à pilhéria insensata de um presidente autoritário, desequilibrado e, segundo a CPI da Covid-19, responsável pelo genocídio que aconteceu no Brasil com a pandemia.