.Por Roberto Ravagnani.

Esta semana sai o ranking que mede o mal-estar de 38 países, o Brasil ocupa a segunda colocação, com alta taxa de desemprego e inflação crescente. O País possui 19,83% de desconforto socioeconômico, de acordo com o estudo do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre-FGV). A Turquia está em primeiro lugar, com 26,28%. Em terceiro lugar no ranking, está a Espanha, com 16,09%, seguida pela Colômbia, com 15,63%, Grécia, com 14,08% e Chile, com 13,42%.

(foto romerito pontes – ccl)

A listagem dos países relaciona membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que compreende economias avançadas e o Brasil. Quanto maior o índice de desconforto apresentado, pior é a taxa. No primeiro trimestre de 2021, o índice de infelicidade atingiu o pior patamar dos últimos cinco anos, tendo sido também registrado em 2016, momento em que o país enfrentava uma grave recessão econômica. O índice é medido através da soma das taxas de inflação e de desemprego.

Mas qual a relação desta informação com o voluntariado? Simples, o voluntariado é capaz de minimizar esta situação, visto que quando praticamos o trabalho voluntário podemos deixar de lado por alguns momentos nossos próprios problemas e nos concentrarmos no problema alheio, que muitas vezes é muito pior que os nossos. Não estou desmerecendo qualquer preocupação que você tenha neste momento, mas as vezes termos um teto, comida e saúde é muito mais que muita gente tem por aí. Então quer dizer que se eu tenho isto não tenho problemas? Também não é isso que quero dizer. Quero somente provocar uma reflexão para o peso que damos aos nossos problemas, muitas vezes o peso nos paralisa e nos mantem longe de agirmos na direção da solução.

O trabalho voluntário nos abre um portal imaginário para que nos coloquemos no lugar do outro, a tal “empatia” e assim conseguimos nos desvencilhar de preconceitos, limitações e até de crenças instaladas em nós que nos impede de agir. O trabalho voluntário é libertador, faz nossa mente voar e perceber o quanto podemos fazer com muito pouco. Traga o voluntariado para sua realidade, tenho certeza que ele poderá ajudar, não a resolver sua dor mas torna-la mais real e suportável.

Roberto Ravagnani é palestrante, jornalista (MTB 0084753/SP), radialista (DRT 22.201), conteudista e Consultor especialista em voluntariado e responsabilidade social empresarial. Voluntário palhaço hospitalar desde 2000, fundador da ONG Canto Cidadão, da IPA Brasil e da AFINCO, Associado para o voluntariado da GIA Consultores no Chile, fundador da Aliança Palhaços Pelo Mundo, Conselheiro Diretor da Rede Filantropia, sócio da empresa de consultoria Comunidea, criador e gestor de eventos filantrópicos, porta voz pela ONU, Membro Hub One, Líder Internacional de Yoga do Riso, Conselheiro de Relações Sociais e Familiares do Instituto i. s. de desenvolvimento e sustentabilidade Humana, Diretor da rádio Tom Social, Global Friends of Volunteering (IAVE) e Associado da VRS Consult da Guatemala. www.robertoravagnani.com.br; @roberto.ravagnani