Após 6 meses da legalização do aborto na Argentina até a 14ª semana, nenhuma mulher morreu no país latino-americano decorrência do procedimento. As informações foram divulgadas pela ministra argentina de Mulheres, Gêneros e Diversidade, Elizabeth Gómez Alcorta, no início do mês.

Eli Gomez e Alberto Fernandez (foto twitter – reprodução)

No Brasil, os procedimentos inseguros de interrupção voluntária da gravidez levam à hospitalização de mais de 250 mil mulheres por ano, cerca de 15 mil complicações e 5 mil internações de muita gravidade, segundo o próprio . Em 2016, por exemplo, o aborto inseguro causou a morte de 203 mulheres, o que representa uma morte a cada 2 dias. Nos últimos 10 anos, foram duas mil mortes maternas por esse motivo.

Na Argentina, antes da aprovação da legalização do aborto, cerca de 38 mil mulheres foram hospitalizadas ao ano no país por conta do procedimento. Desde 1983, mais de 3 mil argentinas morreram em decorrência de um aborto clandestino. A lei de Interrupção Voluntária da Gravidez (Interrupción Voluntaria del Embarazo – IVE) foi sancionada no dia 30 de dezembro de 2020.

Alcorta afirmou, segundo Yahoo, que na Argentina, nos últimos seis meses, “não há uma única mulher morta por abortos, nem legais, nem clandestinos. Essa é definitivamente uma prova da efetividade da normativa e uma demonstração cabal de que sua implementação era necessária e urgente”, afirmou a ministra.