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Peça-site ‘Capô’ explora a simbologia do coração como metáfora para a realidade, a solidão e o amor

Online – Diferente de tudo que já fiz no campo artístico”. É assim que a atriz e diretora Georgette Fadel anuncia a sua estreia como dramaturga com a chegada à cena de CAPÔ, que devido à pandemia não sobe ao palco, mas sim ganha as telas a partir do dia 18 de junho, sexta-feira, às 19h30, no site capo.art.br.

Além de autora, Georgette Fadel também assume a direção da montagem, que traz as atrizes Laura Fajngold, Luciana Fróes e Sarah Lessa, colaboradoras da dramaturgia. Lara Duarte assina o dramaturgismo.

Contemplado pela 9ª Edição do Prêmio Zé Renato de Teatro para a cidade de São Paulo da Secretaria Municipal de Cultura, CAPÔ chegaria aos palcos em junho de 2020, mas devido à pandemia de covid-19 a apresentação presencial não pode acontecer. Porém, a equipe de criação resolveu levar ao público uma outra experiência artística.

O resultado é a criação de uma obra audiovisual, mas com características teatrais, que estará hospedada em um site com diversos conteúdos (vídeos, entrevistas, diários e making-of) que dialogam com a montagem e mostram o processo de realização. “Esperamos estar em breve no palco, pois o que iremos apresentar não é a peça filmada. Enquanto isso nossa equipe traz no site, em vários formatos, um pouco do caminho percorrido até aqui e um pouco da obra em si. São obras inspiradas na obra”, explica Georgette.

(Foto: Divulgação)

Simbologia do coração

CAPÔ mostra o mergulho de três mulheres – depois da última guerra ter destruído nosso mundo – em busca do coração da Terra, portadoras do último suspiro humano. Em busca da vocação cardíaca, da lei guia, o amor. Para a autora e diretora, a obra traz o sistema circulatório como imagem central para a realidade social e planetária. O alimento deve chegar a todos sem exceção. Sem gangrenas ou necroses já que somos a mesma atmosfera.

CAPÔ é a utopia máxima de um mundo onde as forças do coração agem como regentes das ligações entre as partes, as particularidades, os indivíduos. Diz um trecho do texto: ‘Pontes. Tudo é ponte pra tudo’ e ‘circulação etérica, é disso que se trata. O meu sangue nas suas veias’. A dramaturgia sintética é um mergulho na vontade expressa de comunicação sobre os caminhos para algo novo e os dilaceramentos necessários de todas as ideias fixas do mundo”, adianta Georgette.

Peça-site

Para levar a montagem para o audiovisual, Georgette contou com a direção de fotografia e montagem da cineasta Julia Zakia, direção de arte de Laura Vinci, figurinos de Joana Porto e Rogério Pinto e direção musical de Luiz Gayotto. A peça-site permite navegar para além da obra propriamente dita e apresentada.

“A ideia de colocar praticamente todo o processo de realização de CAPÔ em um site é uma aventura de desconstrução. Com isso abrimos a possibilidade de mostrar ao público o processo, obras derivadas do espetáculo inicial, falas da equipe, peças do jogo”, diz a diretora.

Uma das novidades é a divulgação da chamada dramaturgia off, ou seja, parte da dramaturgia elaborada, mas abandonada com as escolhas feitas e não feitas pela dramaturgista. Para Georgette, CAPÔ foi escrita de maneira muito própria e com muito lirismo. “É um texto visceral e racional escrito com a cabeça e também com o coração”.

Lives

No lançamento de CAPÔ, dia 18 de junho, às 19h30, acontece live com Georgette Fadel, elenco e equipe da montagem e no dia seguinte, 19 de junho, sábado, às 19h30, acontece live com Stefany Nogueira, 54 anos, egressa do sistema carcerário, onde esteve de 2013 a 2018. Nascida em Osasco e moradora do equipamento público Autonomia em Foco, na capital paulista, é mulher trans há 30 anos e acaba de ingressar na faculdade de enfermagem.

Já no domingo, dia 20, às 19h30, acontece live com Nilma Alves de Lima, 51 anos, egressa do sistema carcerário, onde esteve de 1998 a 2002. Nascida em Recife e moradora de São Paulo há 27 anos tem formações técnicas em gestão pública e serviços jurídicos, é pré-vestibulanda em direito e foi supervisora de operações do Espaço Itaú de Cinema.

As duas convidadas das lives, que serão transmitidas pelo Instagram (@capo.art), são egressas do sistema prisional e participaram de parte do processo de pesquisa sobre aprisionamentos diversos que as mulheres sofrem.

CAPÔ 

Estreia dia 18 de junho, sexta-feira, às 19h30, no site capo.art.br

Duração – 57 minutos. Livre. GRÁTIS

Instagram – @capo.art

Elenco – Laura Fajngold, Luciana Fróes e Sarah Lessa. Direção – Georgette Fadel. Assistência de direção – Gabriel Franco. Direção de arte – Laura Vinci. Assistência de direção de arte – Flora Belotti e Bia Coelho. Dramaturgia – Georgette Fadel, com colaboração das atrizes. Dramaturgismo – Lara Duarte. Assistência de pesquisa dramatúrgica – Belise Mofeoli. Direção de fotografia – Julia Zakia. Montagem – Luciana Fróes e Julia Zakia. Animações – Gabriel Franco. Figurinos – Joana Porto e Rogério Pinto. Aderecista – Roberto Pádua. Costureira – Satele André. Direção de produção – Katia Manfredi. Produção executiva – Heloisa Oliveira. Direção musical – Luiz Gayotto. Trilha sonora original – Luiz Gayotto e Ivan Garro. Direção de movimento – Kenia Dias e Ana Paula Lopes. Direção vocal interpretativa – Lucia Gayotto. Designer – Gabriel Franco. Iluminação – Iaiá Zanatta. Direção de cena – Elisete Jeremias. Desenho de som e mixagem – Ivan Garro. Produção musical – Ivan Garro (Estúdio Olaria) e Rovilson Pascoal (Estúdio Parede-Meia). Músicos – Luiz Gayotto, Ivan Garro, Rovilson Pascoal e Yonan Daniel. Marketing digital – Bruno Lobo. Assessoria de imprensa – Nossa Senhora da Pauta.

(Carta Campinas com informações de divulgação)

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