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Negacionismo e inação do governo Bolsonaro provocou morte 400 mil por Covid, mostra pesquisa

Do 247

O Brasil poderia ter evitado que cerca de 400 mil pessoas morressem em decorrência da Covid-19, caso tivesse adotado uma política efetiva de controle lastreada em ações não farmacológicas desde o início da pandemia, em março de 2020. O dado foi apresentado nesta quinta-feira (24) pelo epidemiologista e professor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) Pedro Hallal e pela diretora-executiva da Anistia Internacional e coordenadora do movimento Alerta, Jurema Werneck, durante audiência na CPI da Covid.

Pedro Hallal (foto de vídeo)

Segundo Hallal, quatro de cada cinco mortes pelo novo coronavírus Brasil estão em “excesso” e poderiam ter sido evitadas se o País seguisse as políticas adotadas por outros países. “Ontem, uma de cada três mortes por Covid no mundo foi no Brasil”, disse o pesquisador no início do depoimento. 

“Podíamos ter salvo 400 mil vidas no Brasil apenas se estivéssemos na média mundial”, destacou. Ainda segundo ele, o Brasil tem 2,7% da população mundial, mas registra 12,9% das mortes por Covid-19 em nível mundial.  (Vale lembrar ações deliberadas do governo atrasando as vacinas, negando a epidemia e agindo contra o isolamento)

Jurema Werneck informou ao colegiado que ao longo das 52 primeiras semanas da pandemia no país, cerca de 305 mil óbitos poderiam ter sido evitados. Ainda segundo ela, o país poderia registrar uma redução de até 40% na transmissão do coronavírus caso medidas restritivas, como o isolamento social, tivessem sido adotadas no início da crise sanitária. 

“Se tivéssemos agido como era preciso, a gente podia ainda no primeiro ano de pandemia ter salvo 120 mil vidas”, disse. “Poderíamos ter salvo pessoas se a política de controle de medidas não farmacológicas tivesse sido aplicada”, completou. (Do 247)

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