Categories: Economia Política

Empresa antineoliberal destina 80% do lucro para reflorestamento

Christian Kroll (foto de vídeo)

Enquanto o Brasil desmata aceleradamente a Floresta Amazônica em vários estados, o que tem alterado o regime de chuvas na região Sul e Sudeste e pode destruir a agricultura nessas regiões (LINK), algumas empresas da Alemanha estão trabalhando e são mantidas com objetivos de metas sociais ou ambientais acima da maximização dos lucros, ou seja, dos lucros a qualquer custo como defendem os neoliberais. Algumas dessas empresas estão num documentário da DW.

Uma delas é a Ecosia, empresa de tecnologia que atua com um mecanismo de busca online, assim como o Google, Bing, Yahoo e outros. A empresa, que foi criada em 2009 por Christian Kroll e depois repassada para uma fundação, doa pelo menos 80% do seu lucro a organizações sem fins lucrativos que se concentram em reflorestamento e conservacionismo. A Ecosia se transformou em Fundação para impedir que a empresa seja vendida.

Com sede em Berlim, na Alemanha, a Ecosia considera-se um negócio social, que tem como principal objetivo não a obtenção do lucro, mas as ações ambientais que promove. A empresa afirma que protege a privacidade de seus usuário e é certificada como uma corporação beneficente.

No site ecosia.org, onde é possível fazer buscas pela internet, há um contador de árvores plantadas pela empresa por meio de financiamentos e parcerias. A empresa está próxima de atingir 130 milhões de árvores plantadas.

Armin Steuernagel (foto de vídeo)

Desde 2009, quando foi criada, a Ecosia apoiou vários programas de reflorestamento, inclusive no Brasil. Até dezembro de 2010, os fundos da Ecosia foram para um programa da WWF Alemanha, que protegia o Parque Nacional do Juruena, na bacia amazônica. Para proteger esta área, os organizadores elaboraram e financiaram planos com companhias madeireiras e as comunidades locais. Outro projeto que apoiou no Brasil foi o programa Plantar um Bilhão de Árvores, dirigido pela The Nature Conservancy, cujo objetivo era restaurar a Mata Atlântica brasileira, plantando um milhão de árvores nativas até 2015.

Outras empresas também deixam de ter um dono como principal beneficiário dos lucros e das riquezas adquiridas. Elas estabelecem metas diferentes e mais importantes que as metas financeiras. Armin Steuernagel é outro empresário que estudou economia, filosofia e política. Ele defende uma mudança legal para facilitar a transformação de empresas em “empresas de propósito”, ou seja, em que a meta principal da empresa não seja o lucro, mas um objetivo social, ambiental etc.

Glauco Cortez

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